Denúncia da PGR incluiu três indiciados do inquérito sobre interferência da PRF no 2º turno de 2022
Lista traz ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, e dois ex-diretores do Ministério da Justiça, Marília Alencar e Fernando de Sousa, ambos delegados da PF

Caio Crisóstomo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) incluiu na denúncia sobre a suposta tentativa de golpe de Estado três indiciados em outro inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou a suposta interferência da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições de 2022.
A PGR denunciou o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Vasques, a delegada da PF Marília Alencar, ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça, e o delegado federal Fernando de Souza Oliveira, ex-diretor de Operações da pasta.
+ Após denúncia da PGR, Bolsonaro se reúne com parlamentares aliados em Brasília
Os três não foram investigados no mesmo inquérito que apurava a trama golpista. No entanto, a PGR interpretou que a atuação deles em barrar eleitores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve relação direta com suposta trama de golpe de Estado.
Na denúncia, o órgão afirma que Silvinei e Marília foram responsáveis por coordenar o "emprego das forças policiais para sustentar a permanência ilegítima" de Bolsonaro.
A participação do delegado da PF Fernando de Sousa é apontada pela PGR na elaboração do plano de dificultar que eleitores votassem nas eleições.
No caso da "Abin paralela", que investiga uso da agência para beneficiar o governo Bolsonaro, os investigados foram incluidos formalmente no inquérito da PF sobre a trama golpista.
São eles: o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, Giancarlo Rodrigues e Marcelo Bormevet, respectivamente, militar e agente federal cedidos à agência.