Política

Defesa de Bolsonaro pede à Justiça visita de esposa e filhos

Ex-presidente foi preso neste sábado (22) e levado à carceragem da PF após violar a tornozeleira eletrônica, como antecipou Raquel Landim, do SBT News

Imagem da noticia Defesa de Bolsonaro pede à Justiça visita de esposa e filhos
Solar de Brasília, condomínio onde Jair Bolsonaro cumpria prisão docimiciliar | Reprodução SBT
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Os advogados de Jair Bolsonaro pediram, na tarde deste sábado (22), que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize a visita da esposa e dos filhos do ex-presidente à carceragem da Polícia Federal (PF).

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Bolsonaro foi preso preventivamente nas primeiras horas do dia e levado para uma cela da Superintendência da PF, após violar a tornezeleira eletrônica com um "ferro de soldar", segundo suas próprias palavras, gravadas em vídeo da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Distrito Federal. A informação foi antecipada pela colunista do SBT News, Raquel Landim.

Em vídeo feito pela Seap, é possível ouvir a voz de Bolsonaro respondendo a questionamentos da diretora adjunta do Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), Rita Gaio, sobre o que aconteceu com o objeto de monitoramento, que estava atrelado ao tornoleiro do ex-presidente:

— Você usou alguma coisa para queimar isso aqui?

— Eu meti um ferro quente aí.

— Ferro quente?

— Curiosidade.

— Que ferro foi? Ferro de passar?

— Não. Ferro de soldar... solda.

— Ferro de solda? Aquele que tem uma ponta?

— Sim.

A agente ainda questiona se ele tentou puxar a pulseira, e o ex-presidente nega e diz: "Não roumpi a pulseira não. Fica tranquila."

Prisão do Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso neste sábado (22) pela Polícia Federal. A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

A prisão é preventiva, o que significa que ainda não representa o início do cumprimento da pena do ex-presidente, que foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de detenção por tentativa de golpe de Estado.

Ele cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto e usava tornozeleira eletrônica, mas por outro caso: o inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover sanções a autoridades brasileiras.

Audiência

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), convocou para segunda-feira (24) uma sessão virtual extraordinária da Primeira Turma da Corte para referendar a decisão tomada por ele neste sábado (22) de prender preventivamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na determinação, Moraes afirma que Bolsonaro, que estava em cumprimento de prisão domiciliar, tentou romper o uso da tornozeleira eletrônica às 0h08 deste sábado. O aviso foi feito ao ministro pela Polícia Federal (PF).

Moraes entendeu que, diante da vigília de apoiadores convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) para permanecer em frente à casa do pai, o ex-presidente apresentava “elevado risco de fuga”.

A sessão convocada pelo ministro na Primeira Turma seguirá das 8h às 20h. O colegiado é o responsável pelo inquérito - relatado por Moraes - que condenou Bolsonaro e aliados por tentativa de golpe de Estado.

O que diz o pedido de prisão

A decisão se deu após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar vigília nas proximidades da residência do ex-presidente, o que poderia “gerar grave dano à ordem pública”, causar tumulto e criar “ambiente propício para a fuga, frustrando a aplicação da lei penal”.

Segundo o documento de Moraes, Bolsonaro cumpria uma séria de medidas cautelares e punitivas, incluindo a proibição de visitas (com exceções estritas) e a restrição do uso de redes sociais. Além da proibição de manter contato com co-réus e advogados envolvidos no processo.

Bolsonaro apresentava "alto" risco de fuga. No documento, o magistrado citou a proximidade do condomínio do ex-presidente com o Setor de Embaixadas Sul, em Brasília. A decisão também exemplifica que o ex-presidente já havia planejado sua fuga para a embaixada da Argentina, por meio de solicitação de asilo político no país.

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