Política

Defesa de Bolsonaro faz novo pedido de prisão domiciliar e alega "alucinação"

Advogados afirmam que ex-presidente teve confusão mental por interação medicamentosa e negam tentativa de fuga; Michelle Bolsonaro visitou marido na PF

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Jair Bolsonaro em prisão domiciliar | Diego Herculano/Reuters
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A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro pediu ao ministro do STF Alexandre de Moraes, neste domingo (23), a conversão de sua prisão preventiva em prisão domiciliar.

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Os advogados alegam que Bolsonaro sofreu alucinação e confusão mental provocadas pela combinação de medicamentos usados para tratar comorbidades digestivas, o que teria levado à tentativa de violar a tornozeleira eletrônica.

No documento protocolado ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados afirmam que Bolsonaro é portador de comorbidades que exigem tratamento contínuo e uso de diversos medicamentos, alguns com ação no sistema nervoso central.

A defesa do ex-presidente afirma que, durante o feriado, ele passou a apresentar efeitos colaterais, como pensamentos persecutórios “distantes da realidade”.

Segundo o boletim médico anexado, o quadro pode ter sido causado pela interação inadequada entre três medicamentos: clorpromazina, gabapentina e pregabalina

A defesa afirma que a pregabalina teria sido prescrita por outra médica sem conhecimento da equipe responsável pelo tratamento principal, o que poderia ter desencadeado sintomas como alucinações, desorientação, sedação e transtornos cognitivos.

Bolsonaro alega alucinação

De acordo com os advogados, Bolsonaro afirmou na audiência de custódia que estava sob “alucinação” e acreditava que a tornozeleira eletrônica continha “alguma escuta”. Por isso, tentou abrir a tampa do equipamento, mas não buscou removê-lo, segundo a defesa.

Eles afirmam ainda que o vídeo enviado pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) mostra a integridade da pulseira e o ex-presidente com “fala arrastada e confusa”.

Apesar da justificativa, a prisão preventiva foi mantida.

Visita de Michelle

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deixou o prédio da Superintendência da Polícia Federal em Brasília pouico antes das 17h deste domingo (23). Ela teve a visita autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, após pedido feito pela defesa do ex-presidente no sábado (22).

A visita foi feita dentro do período determinado por Moraes, entre 15h e 17h de hoje. Na saída, Michelle não quis conversar com os jornalistas.

Prisão de Bolsonaro

Bolsonaro foi preso na casa onde cumpria prisão domiciliar, em Brasília. Na determinação da prisão, Moraes afirma que o ex-presidente tentou romper a tornozeleira eletrônica às 0h08 de sábado. O aviso foi feito ao ministro pela Polícia Federal (PF).

Moraes entendeu que, diante de uma vigília de apoiadores convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), para permanecer em frente à casa do pai, o ex-presidente apresentava “elevado risco de fuga”.

A prisão é preventiva, o que significa que ainda não representa o início do cumprimento da pena do ex-presidente, que foi condenado pelo STF a 27 anos e 3 meses de detenção por tentativa de golpe de Estado.

Ele cumpria prisão domiciliar desde 4 de agosto e usava tornozeleira eletrônica, mas por outro caso: o inquérito no qual o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, é investigado por sua atuação junto ao governo dos Estados Unidos para promover sanções a autoridades brasileiras.

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