Conselho de Ética do União Brasil pede expulsão de Celso Sabino; decisão final será da executiva do partido
Em setembro, ministro do Turismo desobedeceu ordem do partido para deixar o governo Lula; apreciação ainda não tem data marcada

Cristiane Ferreira
A decisão sobre o futuro de Celso Sabino, ministro do Turismo, dentro do União Brasil ficará a cargo da executiva nacional do partido, que vai analisar a recomendação de expulsão feita pelo Conselho de Ética da própria legenda. A medida foi aprovada por unanimidade pelos membros do conselho nesta terça-feira (25), após a análise de um procedimento aberto em outubro passado, quando o ministro foi acusado de desrespeitar as orientações da legenda.
O União Brasil determinou, à época, que todos os seus filiados entregassem os cargos que ocupavam no governo federal, o que não foi cumprido pelo ministro Celso Sabino. Ainda em outubro, a legenda afirmou que avaliaria a conduta do ministro e o suspenderia de todas as funções por desobediência.
A executiva do União aplicou uma suspensão cautelar ao ministro, suspendendo suas atividades partidárias e encaminhou o caso ao Conselho de Ética, também naquele momento.
No dia 18 de setembro, quando a sigla divulgou que não faria mais parte da base governista, Sabino chegou a apresentar a sua carta de demissão a Lula mas acabou voltando atrás em sua decisão, após conversa com Lula.
A apreciação da recomendação ainda não tem data para ocorrer mas este passo será determinante para o futuro do ministro, que teve a sua relação com o União estremecida após dar declarações em apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e afirmar que permaneceria no governo, mesmo após a ordem do partido para que deixasse a pasta do Turismo.
Desde setembro, Sabino já não responde mais pelo escritório da sigla no Pará, seu reduto eleitoral. Na mesma época, a diretiva nacional transmitiu a liderança de sua representação no estado a outro representante.









