Bolsonaro elogia ex-ministro de Lula e Dilma e diz que gostaria de tê-lo em eventual novo governo

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez elogios a Aldo Rebelo, ex-ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), afirmando que até convidaria ex-deputado federal do PCdoB para liderar um Ministério da Amazônia em eventual novo governo. "Um cara fantástico em todos os aspectos", falou.

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Essas declarações foram dadas em entrevista à rádio AuriVerde Brasil, de Bauru (SP), na última quarta-feira (6), e seguem repercutindo no mundo político.

Sem citar nome de Rebelo, Bolsonaro falou que "tem gente boa em outros partidos" além da sigla à qual é filiado, o PL. "É difícil achar dentro do PT, do PCdoB, do PSOL. Acho que quem tinha já saiu fora. Tem um deputado que não vou falar o nome dele, que foi do PCdoB, foi relator do Código Florestal em 2012 e saiu do PCdoB", disse.

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"Não vamos atirar nele por conta disso, é um cara fantástico em todos os aspectos. Que viajou para Amazônia agora e deu um recado para o Brasil que quer a nossa Amazônia", continuou. O ex-chefe do Executivo ainda admitiu sonho de ter Rebelo como possível ministro da Amazônia.

"A gente sonha muitas coisas. Por exemplo, se ele topasse, obviamente, seria convidado para o Ministério da Amazônia. Com liberdade para trabalhar, como dei para todos meus ministros", declarou Bolsonaro.

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Em maio, Bolsonaro esteve no lançamento do novo livro de Rebelo, "Amazônia: A Maldição de Tordesilhas", e tirou fotos com ex-deputado em uma livraria em Brasília.

Quem é Aldo Rebelo?

Natural de Viçosa, no Alagoas, Rebelo tem 68 anos e foi deputado federal pelo PCdoB de São Paulo por seis mandatos consecutivos. Ficou no partido de 1985 a 2017. Entre 2005 e 2007, atuou como presidente da Câmara.

Trabalhou à frente de diversos ministérios em governos do PT: Secretaria de Coordenação Política e Assuntos Institucionais, no primeiro mandato de Lula, e Esporte, Ciência, Tecnologia e Inovação e Defesa nas gestões de Dilma Rousseff.

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Entre 2018 e 2019, foi secretário da Casa Civil de São Paulo, no governo de Márcio França. Em 2024, liderou a Secretaria Municipal de Relações Institucionais e voltou ao MDB, partido do prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB) — Rebelo começou a vida política nos anos 1980, no antigo PMDB.

Em julho, deixou a secretaria para participar da campanha que resultou na reeleição de Nunes.