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Política

Após ser alvo de ataques no Congresso, Marina Silva retorna ao Senado para apresentar metas do ministério

Ministra do Meio Ambiente participa nesta terça (8) de audiência no Senado, após ofensas de parlamentares em sessões recentes na Câmara e no Senado

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Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em audiência no Senado Federal | Divulgação/Geraldo Magela/Agência Senado
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, volta ao Congresso Nacional nesta terça-feira (8) após ter sido alvo de ataques pessoais em duas audiências recentes – uma no Senado, há quase dois meses, e outra na Câmara dos Deputados, na semana passada. Desta vez, ela participa de uma audiência pública na Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado para apresentar as metas e prioridades da pasta para 2025. A sessão está marcada para as 9h.

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O convite à ministra foi apresentado em março pelo presidente da CMA, senador Fabiano Contarato (PT-ES), e faz parte do calendário de início do ano legislativo, que prevê a presença de ministros nas comissões temáticas para prestar contas sobre suas ações.

Ofensas no Senado

Em maio, durante audiência na Comissão de Infraestrutura, Marina Silva foi alvo de críticas e ofensas por parte de senadores da oposição. A discussão começou após questionamentos considerados agressivos e provocativos sobre o licenciamento da BR-319, rodovia que liga o Amazonas a Rondônia.

O senador Omar Aziz (PSD-AM) iniciou o debate, seguido por Marcos Rogério (PL-RO), que elevou o tom, acusou Marina de falta de educação e afirmou que ela "deveria se colocar no seu lugar". A ministra respondeu dizendo que não é uma mulher submissa.

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O momento mais tenso ocorreu quando o senador Plínio Valério (PSDB-AM) declarou que não a respeitava como ministra. Na ocasião, Marina deixou a audiência. Plínio já havia feito ataques semelhantes meses antes, ao afirmar que tinha vontade de "enforcá-la".

As declarações provocaram forte reação de integrantes do governo e parlamentares aliados. O episódio teve repercussão dentro e fora do Congresso, com manifestações de apoio à ministra e críticas ao comportamento dos senadores.

Novo ataque na Câmara

Na semana passada, Marina Silva foi novamente alvo de ofensas, desta vez na Comissão de Agricultura da Câmara dos Deputados. Durante audiência pública, o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) afirmou que a ministra "nunca trabalhou" e chamou Marina Silva de "adestrada".

A gravidade das declarações motivou uma resposta institucional da Secretaria da Mulher da Câmara, que, no mesmo dia, informou que iria encaminhar uma representação formal à Corregedoria Parlamentar contra os deputados envolvidos. Em nota, a Secretaria classificou os ataques como inaceitáveis e incompatíveis com o decoro exigido dos parlamentares.

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Histórico de hostilidades

Essa não foi a primeira vez que Marina Silva enfrentou ataques em audiências no Congresso. Em outubro de 2024, também na Câmara, parlamentares da oposição, especialmente ligados ao bolsonarismo, utilizaram uma audiência para fazer uma série de provocações. Entre as críticas, estavam os números de queimadas no país e acusações sobre a condução do ministério.

Na ocasião, a deputada Júlia Zanatta (PL-SC) questionou se Marina seria "capacho" de organizações não governamentais (ONGs), além de levantar suspeitas sobre a autonomia da ministra. O tom dos questionamentos também foi duramente criticado por aliados do governo.

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