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Acampamento cristão confirma morte de 27 meninas e monitores em enchentes no Texas

850 pessoas foram resgatadas, incluindo algumas agarradas a árvores, após transbordamento do Rio Guadalupe, no Condado de Kerr

Imagem da noticia Acampamento cristão confirma morte de 27 meninas e monitores em enchentes no Texas
Camp Mystic após enchentes no Texas | Foto: Reuters
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O acampamento de verão Camp Mystic, atingido pelas enchentes que inundaram o Texas, nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira (7) a morte de 27 meninas e monitores durante a tragédia causada pelo transbordamento do Rio Guadalupe, no Condado de Kerr.

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No domingo (6), o xerife do Condado de Kerr, Larry Leitha, afirmou que o número de mortos nas enchentes havia chegado a 78. Ainda não ficou claro se as vítimas dadas como mortas pelo acampamento cristão já foram contabilizadas no balanço das autoridades. A Polícia do Texas, no entanto, espera um aumento no número de mortes devido à gravidade das enchentes.

"O Camp Mystic está de luto pela perda de 27 campistas e monitores após a inundação catastrófica no rio Guadalupe. Nossos corações estão partidos, assim como nossas famílias que sofrem esta tragédia inimaginável. Oramos por elas constantemente", diz um texto no site do acampamento.

Acampamento cristão para meninas

O Camp Mystic, um acampamento cristão para meninas com quase um século de existência, abrigava 700 meninas no momento da enchente, de acordo com o vice-governador do Texas, Dan Patrick.

O local oferece atividades clássicas de acampamento de verão, incluindo arco e flecha, canoagem, artes e artesanato, passeios a cavalo e uma variedade de esportes para garotas.

Chuvas no Texas

Chuvas torrenciais que atingiram a região central do Texas na sexta-feira (4), feriado do Dia da Independência dos EUA, fizeram com que o Rio Guadalupe transbordasse de forma repentina. As águas subiram rapidamente e atingiram até 9 metros de altura em poucas horas.

Diante da situação, o Serviço Nacional de Meteorologia declarou estado de emergência por risco de inundações graves.

Um dia após o desastre, o acampamento Camp Mystic era um cenário de devastação. Dentro de uma cabana, as linhas de lama que indicavam a altura em que a água havia subido estavam a pelo menos 1,83 metro do chão. Camas, colchões e pertences pessoais estavam cobertos de lama espalhados no interior da barraca.

Autoridades disseram no sábado (5) que mais de 850 pessoas foram resgatadas, incluindo algumas agarradas a árvores.

"Grande desastre"

A Agência Federal de Gestão de Emergências (Fema, na sigla em inglês) foi acionada no domingo (6) e enviou recursos para socorristas, após o presidente Donald Trump emitir uma declaração de desastre grave, informou o Departamento de Segurança Interna em um comunicado. Helicópteros e aviões da Guarda Costeira dos Estados Unidos estão auxiliando nos esforços de busca e resgate.

Alguns especialistas questionaram se os cortes na força de trabalho federal pelo governo Trump, incluindo na agência que supervisiona o Serviço Nacional de Meteorologia, levaram as autoridades a não prever com precisão a gravidade das enchentes e emitir alertas apropriados antes da tempestade.

O presidente Donald Trump e seu governo realizaram milhares de cortes de empregos na agência controladora do Serviço Nacional de Meteorologia, a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, deixando muitos escritórios de meteorologia com falta de trabalhadores, disse o ex-diretor da NOAA, Rick Spinrad.

Ele disse que não sabia se esses cortes foram responsáveis pela falta de aviso prévio para as inundações do Texas, mas afirmou que eles inevitavelmente degradariam a capacidade da agência de fornecer previsões precisas e oportunas.

A secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, que supervisiona a NOAA, disse que um alerta de inundação "moderado" emitido na quinta-feira (3) pelo Serviço Nacional de Meteorologia não previu com precisão as chuvas extremas e disse que o governo Trump estava trabalhando para atualizar o sistema.

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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