Após denúncia de agressão, PSOL pede cassação de Lucas Bove na Alesp
Bancada apresentou prints que supostamente comprovam agressões e diz que acusações violam os princípios éticos de um representante público
A bancada do PSOL na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) entrou com um pedido de cassação do mandato do deputado estadual Lucas Bove (PL), acusado de violência doméstica pela ex-mulher, a influenciadora Cíntia Chagas. O requerimento foi formalizado nesta sexta-feira (11) no Conselho de Ética da Casa.
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O documento do pedido apresenta prints de conversas entre Bove e Cíntia, que também constam no boletim de ocorrência registrado pela influenciadora. Os parlamentares do partido afirmam que as acusações violam os princípios éticos e morais exigidos de um representante público. "Os relatos de Cíntia revelam um padrão de comportamento abusivo, possessivo e violento por parte do deputado, o que culminou no término do casamento. A vítima relata violências nos ombros, braços e pernas, além da tentativa de ter amparo médico, negado pelo ex-marido, e chacota de suas dores, decorrentes das violências", diz um trecho do documento.
Lucas Bove, por sua vez, declarou em suas redes sociais que "jamais encostaria a mão em uma mulher" e afirmou estar juridicamente impedido de comentar o caso, que corre em sigilo. O SBT News tentou contato com o deputado, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. Caso o parlamentar se manifeste, a reportagem será atualizada.
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A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) informou que a 3ª Delegacia de Defesa da Mulher abriu um inquérito sobre o caso. A Justiça também concedeu uma medida protetiva a Cíntia. Com isso, o deputado está impedido de chegar a menos de 300 metros da ex-mulher.