Ao defender profissionalização de jovens, Lula diz que “ninguém quer namorar ajudante geral”
Presidente participou de cerimônia de início das obras do campus do Instituto Federal do Rio de Janeiro no Complexo do Alemão
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“Em fábrica a gente sabe que a gente tem que ter profissão. Mas, se a gente não tiver profissão, a gente vai ser ajudante geral e ajudante geral não ganha nada", disse o presidente.
"Nenhuma mulher quer namorar um cara que mostra carteira profissional e qual é sua profissão? Ajudante geral. A mulher fala, pô, cara, nem profissão você tem para levar feijão ou arroz para casa no final do mês. E as crianças que vão nascer, como é que a gente vai cuidar? Então tem que estudar”, afirmou.
Lula criticou, no discurso, a falta história de educação formal no Brasil. Ele citou que o país foi o último do mundo a ter uma universidade, quando o presidente Nilo Peçanha, em 1920, fundou a Universidade do Rio de Janeiro (URJ).
“O Brasil sempre foi governado por gente que não tinha apreço pela educação do povo brasileiro. O povo brasileiro não tinha que estudar, tinha que trabalhar. Há dois séculos tinha que cortar cana ou ser escravo, tinha que trabalhar para o senhor de engenho. Depois veio a política industrial, veio a agricultura e a grande profissão era capinador de café, colher café com a mão. Depois veio corte de cana em máquina, agora o trabalho é nas fábricas”, disse Lula, antes de mencionar o ofício de ajudante geral.