Alcolumbre e Motta contrariam PL e mantêm recesso parlamentar no Senado e na Câmara
Parlamentares da oposição pediram o fim da pausa em resposta à operação da PF e ação do Supremo contra Jair Bolsonaro

Jessica Cardoso
Os presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) e deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmaram nesta sexta-feira (18) a manutenção do recesso parlamentar de julho nas duas Casas, contrariando pedido do Partido Liberal (PL) para a suspensão da pausa.
Em comunicados, Alcolumbre e Motta reforçaram que, durante as próximas duas semanas, não haverá sessões deliberativas nem funcionamento das comissões, com retorno previsto para a semana do dia 4 de agosto.
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Segundo a Câmara, o período será utilizado para intervenções estruturais e modernização dos espaços legislativos, incluindo reformas em corredores, gabinetes, sistemas de áudio e vídeo, além da implantação de novo estúdio multimídia.
Mais cedo, parlamentares da oposição se reuniram para traçar estratégias em resposta à operação de busca e apreensão da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro (PL) e à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes, que impôs medidas cautelares ao ex-presidente, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica.
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O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), enviou ofício formal a Motta solicitando a suspensão do recesso para permitir a apreciação de pautas consideradas urgentes, como a PEC 8/2021 (limitação de decisões monocráticas do STF), a PEC 333/2017 (fim do foro privilegiado), nova lei de anistia e a instalação da CPI do Abuso de Autoridade.