Alckmin diz que discutiu tarifa com secretário de Comércio dos EUA: “Conversa foi boa”
Vice-presidente afirma que Lula orientou manter negociações sem viés político ou ideológico; governo prepara lei para incentivar exportações
Jessica Cardoso
O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) disse nesta quinta-feira (24) que teve uma conversa longa com o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick, no sábado (19) para tratar da tarifa de 50% anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, contra produtos brasileiros.
Segundo ele, o diálogo durou cerca de 50 minutos e foi importante para expor os argumentos do Brasil.
“Conversamos com o governo norte-americano. Tivemos uma conversa com o secretário de Comércio, Howard Lutnick, uma conversa até longa que entendo importante, colocando todos os pontos e destacando o interesse do Brasil na negociação”, declarou a jornalistas.
Perguntado se o contato já seria uma resposta formal à carta enviada pelo Brasil aos Estados Unidos, Alckmin disse que a conversa com Lutnick teve como objetivo reiterar a disposição brasileira para o diálogo.
“Eu só conversei com o secretário, aliás com quem já tinha conversado alguns meses atrás. O Brasil nunca saiu da mesa de negociação. Não criamos esse problema, mas queremos resolver”, afirmou.
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Alckmin também afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) orienta a equipe a manter o foco em soluções comerciais, “sem contaminação política ou ideológica”.
“Ao invés de ter um perde-perde, com inflação nos Estados Unidos e diminuição das nossas exportações para o mercado norte-americano, nós invertemos isso. Resolvermos problemas, aumentarmos a complementariedade econômica, integração produtiva, investimentos recíprocos”, disse.
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O vice-presidente disse ainda que conversou com senadores brasileiros que viajarão para os EUA e mencionou a sanção do projeto “Acredita Exportação”, previsto para segunda-feira (28).
Segundo ele, o projeto de lei, elaborado antes do anúncio da tarifa norte-americana e aprovado por unanimidade no Congresso, vai estimular as exportações brasileiras, especialmente de pequenas empresas.
“[A lei] será sancionada na segunda-feira às 16h para impulsionar as pequenas empresas a ganharem mercado e exportarem mais”, disse.
