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Economia

Haddad diz que governo já tem plano para enfrentar tarifaço de Trump e acusa 'Bolsonaros' de impedir diálogo

Ministro da Fazenda afirma que medida será apresentada a Lula na próxima semana; agronegócio calcula que tarifaço pode trazer perdas de até US$ 5,8 bilhões

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Fernando Haddad faz publicação no X, contestando alegações de Zema | Valter Campanato/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (24) que o governo brasileiro já possui um plano de contingência para enfrentar a possível entrada em vigor da tarifa de 50% anunciada por Donald Trump. A taxação pode começar a valer em agosto.

+ Lula diz que Brasil está disposto a negociar com Trump sobre tarifas

O presidente Lula afirmou nesta quinta-feira que o país está disposto a negociar com os Estados Unidos, isso se houver condições para negociações, segundo Lula.

Haddad voltou a criticar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus familiares, acusando-os de usar influência política para impedir um possível diálogo entre os governos do Brasil e dos Estados Unidos.

“Já estaríamos em uma mesa de negociação se não fosse a interveniência desses personagens”, afirmou.

O ministro também alertou que mais de 10 mil empresas brasileiras poderão ser afetadas pela medida e que os impactos negativos atingirão tanto a população quanto os empresários norte-americanos.

Agronegócio brasileiro pode perder até US$ 5,8 bilhões

Caso a tarifa de 50% entre em vigor, o agronegócio deve ser um dos setores mais prejudicados. De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a estimativa de perda nas exportações para os EUA pode chegar a US$ 5,8 bilhões.

Somente em 2024, o Brasil exportou US$ 12,1 bilhões em produtos do agronegócio para os Estados Unidos.

Segundo a CNA, o impacto da tarifa será integralmente repassado aos preços de importação, elevando os preços finais em 50%. Entre os setores mais atingidos será o de sucos, que pode deixar de exportar completamente aos EUA, com prejuízo estimado de US$ 795 milhões.

A indústria de carne bovina pode perder US$ 671 milhões, a de café, US$ 481 milhões, enquanto os setores de açúcar de cana e etanol devem registrar perdas de US$ 620 milhões e US$ 152 milhões, respectivamente.

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