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Política

"A Constituição não está e nunca estará na mesa de negociação", diz Mauro Vieira ao repudiar ataques à soberania

Chanceler afirma que soberania nacional não é negociável e diz que Brasil enfrentou e venceu tentativa de golpe militar

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O ministro também citou o impacto da desinformação e das redes sociais sobre a governança global | Divulgação/Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, defendeu a democracia brasileira, a Constituição de 1988 e a soberania nacional, durante a cerimônia pelos 80 anos do Instituto Rio Branco, no Itamaraty. Em tom firme, o chanceler afirmou que o Brasil "não negociará sua soberania" e repudiou o que classificou como ataques orquestrados por brasileiros em conluio com forças estrangeiras.

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"A Constituição cidadã não está e nunca estará em qualquer mesa de negociação. Nossa soberania não é moeda de troca diante de exigências inaceitáveis", declarou Vieira, em referência direta às recentes pressões internacionais e ao cenário de instabilidade institucional que marcou os últimos anos.

Sem citar nomes, o ministro afirmou que os "adeptos declarados do arbítrio e amantes confessos da intervenção estrangeira" não terão êxito em sua tentativa de subverter a ordem democrática da República. Segundo ele, as instituições brasileiras já provaram sua força ao derrotar uma tentativa de golpe militar.

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"Os responsáveis estão hoje no banco dos réus dos Estados Unidos, em processos transparentes, com direito à ampla defesa e respeito ao devido processo legal", afirmou.

Vieira relembrou sua entrada no Instituto Rio Branco em 1973, ainda sob o regime militar, e ressaltou o caminho percorrido até a consolidação da democracia com a Constituição de 1988. "O Brasil vive hoje o mais longo período de vigência de liberdades civis e políticas da sua história republicana", disse.

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Ao abordar os desafios contemporâneos, o ministro citou o impacto da desinformação e das redes sociais sobre a governança global. "Recebo em tempo real, no celular, notícias falsas ou verdadeiras com as quais devo lidar no processo de tomada de decisões liderado pelo presidente Lula", afirmou, alertando para os riscos do novo ecossistema comunicacional.

Vieira também homenageou figuras históricas como Ulysses Guimarães e Renato Archer, destacando o papel da geração que enfrentou o arbítrio e construiu a democracia brasileira. "É nossa responsabilidade defender a Carta e a ordem institucional conquistada com sacrifício pessoal por tantos que ousaram lutar pela liberdade", concluiu.

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