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Anderson Torres tem novo depoimento marcado nesta 2ª feira

Ex-secretário de Segurança do DF, suspeito de omissão em invasão aos Três Poderes, ficou calado no 1º interrogatório

Anderson Torres tem novo depoimento marcado nesta 2ª feira
torres
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O ex-secretário da Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres tem novo depoimento marcado para a manhã desta 2ª feira (23.jan). Preso em uma cela especial montada no 4º Batalhão da Polícia Militar, no Guará (DF), ele deve ser interrogado pela Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF).

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Ex-ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Jair Bolsonaro (PL), Torres está preso desde o sábado (14.jan), por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), suspeito de omissão e conivência com a invasão aos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro.

Na semana passada, a PF tentou ouvir Torres, mas ele comunicou que permaneceria calado. O advogado, Rodrigo Roca, defensor do ex-ministro, ainda tentava acesso ao inquérito para o novo interrogatório.

A PF e o MPF esperam que Torres fale nesta 2ª. Ele deve ser ouvido às 10h30, em sua cela com status de sala de Estado Maior, no batalhão da PM.

+  Mesa, frigobar e TV: conheça sala onde Anderson Torres está preso

Torres foi demitido, ainda no dia 8 de janeiro, pelo governador afastado Ibaneis Rocha (MDB) - também alvo de investigação. Roca já pediu ao STF a anulação da prisão do cliente e informou que ele abriria seus sigilos bancários, fiscais e telemáticos para os investigadores. 

Torres já apresentou uma peça prévia de defesa ao STF, como mostrou o SBT News, assim que soube da ordem de prisão, no dia 10 de janeiro. O ex-secretário estava em Orlando, dos Estados Unidos, em viagem de férias. O documento foi entregue pelo advogado.

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A defesa de Torres sustenta que ele cumpriu sua obrigação como secretário de Segurança do DF, no planejamento da operação para o dia 8, tendo "diligenciado e atuado incisivamente".  

"Os pleitos encaminhados a V. Exa. - de inafastável cunho político - em verdade erraram grosseiramente com relação à aventada omissão", informa a defesa de Torres. 

No documento de 10 folhas, a defesa diz que "não houve displicência ou a facilitação aventadas pela autoridade policial na sua manifestação, em qualquer momento da conduta atrelada ao defendendo (Torres), muito menos na forma omissiva".

O documento registra que Torres assumiu o cargo de secretário de Segurança Pública do DF quatro dias antes dos atos, tendo "diligenciado e atuado incisivamente sobre o tema antes do primeiro ato de vandalismo logo nos primeiros dias da sua posse".

"Determinando às forças policiais distritais que encetassem as diligências necessárias à manutenção da ordem em todo o Distrito Federal, como lhe competia", informa a defesa.

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Trecho de documento da defesa de Torres | Reprodução

Protocolo
Na manifestação ao STF, o defensor anexou documentos, como o planejamento oficial (Protocolo de Ações Integradas nº 02/202), assinado dois dias antes das invasões, e as passagens compradas para a viagem familiar de férias, ainda em novembro.

"Constam (no documento) todas as informações levantadas até então sobre as possíveis investidas de grupos extremistas, bem como todas as providências que deveriam ser realizadas pelos órgãos e instituições envolvidos e engajados na ação conjunta", registra a defesa.

"Como se pode perceber, tudo o que competia à Secretaria - e ao Secretário, claro - foi feito de antemão e em tempo hábil para a ação de todos. O que parece ter confundido alguns setores da imprensa e até da população é o alcance da ação da Secretaria de Segurança diante das Instituições que lidera", registra a defesa do ex-secretário de Segurança do DF. 

Leia tamém:

+ Defesa de Torres classifica como "erro grosseiro" acusação de omissão

+ Secretário demitido diz que hipótese de conivência é "absurda"

+ Documento apreendido na casa de Torres é incluído em ação contra Bolsonaro

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