Bolsonaro provoca Doria e faz piada com abertura de cratera em SP
Em conversa com apoiadores, presidente afirmou ter visto "transposição do Tietê" em visita à capital

SBT News
Em conversa com apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro (PL), fez provocação ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), ao comentar sobre a cratera aberta na Marginal Tietê, em São Paulo, após desmoronamento na obra da linha 6-Laranja do Metrô. Não há relatos de vítimas.
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O chefe do Executivo afirmou ter visto "a transposição do [rio] Tietê", ao comentar sobre o projeto de transferência das águas do rio São Francisco, no Nordeste. A obra será concluída na próxima semana, de acordo com o presidente.
Bolsonaro foi ao estado paulista para sobrevoar as áreas afetadas pelos temporais dos últimos dias, onde se reuniu com prefeitos de seis cidades atingidas pelas fortes chuvas. Ao todo, 27 vidas já foram perdidas. Dez pessoas ainda estão desaparecidas.
No geral, os óbitos foram registrados nas cidades de Franco da Rocha (11), Francisco Morato (4), Embu das Artes (3), Arujá (1), Itapevi (1), Várzea Paulista (5), Jaú (1) e Ribeirão Preto (1).
Investigação
A Promotoria de Justiça de Habitação e Urbanismo do Ministério Publico de São Paulo (MPSP) abriu um inquérito civil para apurar as causas do incidente.
O órgão já requisitou as informações obtidas pelo consórcio responsável e junto ao governo estadual paulista. A Defesa Civil descartou qualquer risco aos moradores de condomínios próximos.
Segundo o secretário estadual de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Paulo José Galli, as causas ainda estão sendo apuradas, mas foi um vazamento na galeria de esgoto que causou a cratera na obra e posteriormente o desabamento de trecho da Marginal Tietê.
Reparação na Marginal
O buraco será preenchido com pedras e cimento. Serão necessárias oito mil toneladas de concreto para tapá-lo. A prefeitura de São Paulo prestará apoio à empresa responsável pela obra.
Câmeras de segurança monitoram os caminhões das empresas que estão enviando os materiais à obra, vindos de várias regiões. A água que invadiu a cratera passa por processo de escoamento e será destinada a um córrego da região.
De acordo com o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), o estacamento deve demorar cerca de 10 dias. Somente após o processo, a região será liberada para o tráfego de veículos. O rodízio está suspenso até sexta-feira (4.fev).