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Política

Witzel diz que orientou base do governo a votar a favor do processo de impeachment

O governador do Rio de Janeiro argumentou que a medida daria a ele uma chance de se defender: "Eu não tenho medo da verdade"

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Witzel diz que orientou base do governo a votar a favor do processo de impeachment
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O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou nesta quinta-feira (11) que orientou a base da base do governo a votar a favor do pedido de impeachment contra ele.

"Eu disse ao meu partido, aos meus aliados: todos podem votar para a comissão avaliar se essa petição tem prova. Porque não tem provas", disse Wilson Witzel em um vídeo, divulgado nas redes sociais.

A declaração foi uma tentativa de justificar a derrota expressiva no plenário da assembleia legislativa do estado (ALERJ), que aprovou, na quarta-feira (10), por unanimidade, o processo de afastamento do governador. 

Na gravação, Witzel argumentou que a medida daria a ele uma chance de se defender. "Eu não tenho medo da verdade. Eu assumi um compromisso de restabelecer a ordem no Estado. Esse processo de investigação é natural. Tenho a tranquilidade de quem não praticou nenhum ato ilícito", afirma o governador.

Já a tem outra leitura sobre a aprovação da abertura do processo por 69 deputados (a ALERJ conta com 70 parlamentares no total; houve uma ausência). "A situação é de um isolamento brutal. Não só pela corrupção, que gera o crime de responsabilidade, mas também pelas atitudes políticas, que ele vem tomando erradas, desde que assumiu o mandato. Não tem nenhuma experiência do que seja um processo político. Achar que pode ser chefe do executivo achando que é um juiz, que julga", explicou o deputado Luiz Paulo Corrêa, do PSDB.

Wilson Witzel é investigado pelo Ministério Público Federal e pela Polícia Federal por suspeita de superfaturamento na compra de respiradores e de participar de um esquema de corrupção envolvendo a construção e gestão dos hospitais de campanha no estado.

Agora, a ALERJ deve indicar, até a próxima quarta-feira (17), os deputados que irão integrar uma comissão a ser criada para analisar o pedido de afastamento do governador, além do relator e do presidente. Depois, o relatório deverá ser votado em plenário. Para dar início ao processo de impeachment, é preciso que o parecer seja aprovado por maioria absoluta, isto é, 36 votos.
 
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