Torcida organizada do Palmeiras é proibida de entrar em estádios de São Paulo
Ministério Público de MG recomenda banimento da torcida Macha Alviverde por 2 anos, após morte de um torcedor cruzeirense em emboscada
A torcida organizada do Palmeiras, Mancha Alviverde, está proibida de entrar nos estádios do estado de São Paulo.
A decisão foi divulgada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) nesta quarta-feira (30). De acordo com a nota, a Federação Paulista de Futebol (FPF) acatou recomendação do 1º promotor de Justiça de Mairiporã e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO).
Nesta terça-feira (29), o SBT divulgou, com exclusividade, que a Polícia Civil de São Paulo solicitou a prisão temporária de Jorge Luis Sampaio, presidente da torcida organizada Mancha Verde, e de mais cinco torcedores do Palmeiras.
Em Minas Gerais, o Ministério Público do estado (MPMG) recomendou à Federação Mineira de Futebol (FMF) e à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) o banimento temporário da torcida organizada Mancha Alviverde, do Palmeiras, por dois anos. A medida, que deve ser aplicada nacionalmente, proíbe o uso de qualquer item que identifique a torcida nos estádios e arredores em dias de jogos.
O promotor Fernando Abreu argumenta que as desavenças entre torcidas organizadas têm causado transtornos à ordem pública, exigindo ações mais severas. Além disso, o MPMG solicita a criação de um cadastro nacional de torcedores impedidos de frequentar eventos esportivos.
Morte de cruzeirense
Eles são suspeitos de participação em uma emboscada contra torcedores do Cruzeiro, ocorrida no último fim de semana, na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo.
O ataque resultou na morte do cruzeirense José Victor Miranda, de 30 anos, e deixou 17 pessoas feridas, incluindo um torcedor que está internado em estado grave.
O sinal do celular de Jorge indicava que ele estava na região no momento do ataque. De acordo com a Polícia Civil, a emboscada teria sido motivada por um conflito entre as torcidas em 2022, quando o presidente da Mancha Verde foi agredido e teve seu RG exibido nas redes sociais como "troféu".
As imagens mostram que os torcedores da Mancha Verde usaram carros e motos particulares, estacionados nas proximidades, o que facilitou a captura das placas pelos sistemas de monitoramento. Promotores do Gaeco, especializado em crimes organizados, estão colaborando com o inquérito. A decisão judicial sobre os pedidos de prisão deve ocorrer nesta quarta-feira (30).