Emboscada da torcida do Palmeiras: Ministério Público investigará "cenas de selvageria" contra cruzeirenses
Grupo de Combate ao Crime Organizado investigará caso porque organizadas atuam "como verdadeiras facções criminosas"; uma pessoa morreu e 17 ficaram feridas
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) afirmou, neste domingo (27), que vai investigar a briga entre torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro que deixou um cruzeirense morto e 17 feridos. Em nota pública, o órgão classificou a violência como "cenas de selvageria", "sendo inaceitável e uma grave afronta à segurança pública e a convivência pacífica em sociedade".
Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), palmeirenses fizeram uma emboscada para a torcida mineira, que voltava de uma partida contra o Athletico Paranaense, em Curitiba.
Na rodovia Fernão Dias, na altura de Mairiporã (SP), dois ônibus que levavam os cruzeirenses foram interceptados, sendo um incendiado e outro depredado. O confronto municiado por armas de fogo e barras de madeira e ferro envolveu cerca de 120 pessoas, de acordo com estimativa da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Para a investigação, o MPSP destinou o Grupo de Atuações Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) pelas evidências de que torcidas organizadas atuam como facções criminosas.
O SBT News analisou imagens da briga. Em uma delas, um homem gravou vídeo com um barra de aço pressionando as vítimas cobertas de sangue, desorientadas ou desmaiadas pelas agressões, enquanto dizia "aqui é a Mancha Verde", em referência a uma das torcidas organizadas do Palmeiras.
"Quem age ao arrepio da lei deve responder por seus atos. E a sociedade brasileira pode continuar a contar com o MPSP para que isso aconteça", disse Paulo Sérgio de Olivera e Costa, procurador-geral de Justiça.