RJ: chefes de facções criminosas não retornam à prisão após "saidinha" de Natal
No total, pelo menos 250 detentos não voltaram aos presídios após o benefício
Pelo menos 250 detentos não retornaram ao sistema prisional do Rio de Janeiro após o benefício da "saidinha" de Natal. Entre os foragidos estão chefes do tráfico de drogas.
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Os presos deveriam retornar à prisão até as 22h de 30 de dezembro. Um dos que não voltaram é Saulo Cristiano Oliveira Dias, conhecido como "SL", e Paulo Sergio Gomes da Silva, o "Bin Laden". Os dois são líderes da maior facção criminosa do estado.
SL atuava no complexo do Chapadão, na zona norte carioca. Bin Laden comandou o tráfico na favela Dona Marta, em Botafogo, zona sul da cidade.
Ao todo, 1.785 presos tiveram o benefício, chamado oficialmente de "visita periódica ao lar". A situação é reservada aos detentos do regime semiaberto, que passam a noite na prisão e saem durante o dia para trabalhar. A garantia da "saidinha" também é complementada com bom comportamento e cumprimento de pelo menos 1/6 da pena.
A medida é comum em datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Mães e Natal. As saídas são proibidas para presos sob investigação, que estejam respondendo a inquérito ou sujeitos a sanções.
Ficam de fora aqueles que cumprem pena no regime disciplinar diferenciado, que tenham cometido crimes hediondos, como tortura, ou que exerçam liderança em facções criminosas.