Quadrilha especializada em ouro é alvo da PF; minério era extraído no Maranhão e vendido em SP e MG
Líder preso já foi flagrado com R$ 1 milhão em espécie e barras de ouro escondidas no sapato
A Polícia Federal prendeu dois criminosos por venda ilegal de ouro e lavagem de dinheiro e outros dois em flagrante por posse ilegal de arma de fogo, nesta quinta-feira (29). Os policiais cumpriram 11 mandados de busca e apreensão e dois de prisão nos estados do Pará e do Maranhão.
O líder da organização criminosa foi detido em Parauapebas, Pará. Ele já tinha sido preso duas vezes: uma vez flagrado transportando mais de R$ 1 milhão em espécie e, sete meses depois, com duas barras de ouro, sem comprovação, escondidas no sapato.
+População do Brasil cresce 4,68% e chega a 212,5 milhões em 2024, diz IBGE
O braço direito do chefe detido também foi alvo da operação e acabou na prisão, em Santa Inês, no Maranhão. No mesmo estado, os outros dois criminosos com armas de fogo foram levados em flagrante.
Como o esquema funcionava?
A investigação policial identificou que o grupo criminoso extraía ouro no Maranhão e levava a mercadoria e recursos ilícitos ao Pará. Como lavagem de dinheiro, o esquema tentava dissimular os altos lucros quitando boletos bancários de outras pessoas, em troca do saque do valor pago em dinheiro.
Além disso, o pagamento na compra do ouro extraído não era feito ao vendedor, e sim em contas bancárias de diferentes empresas, em um fluxo de dinheiro estruturado.
+Influenciador que ostentou Ferrari Purosangue em favela de SP é alvo de operação
Em seguida, o minério precioso era vendido para grandes centros comerciais de Minas Gerais e São Paulo.
Apreensões
Durante a operação, apenas em Santa Izabel, Pará, foram apreendidos cerca de R$ 200 mil em espécie, quatro pistolas, um fuzil, uma espingarda, além de uma máquina de contar dinheiro.
Em Centro Novo, Ananindeua e Maracaçume do Maranhão, foram apreendidas ao menos três armas, ouro, dinheiro, mídias de armazenamento, celulares e um carro.