Policial agride cadeirante durante abordagem no interior de SP
Cenas de violência foram registradas em Piracicaba; família contesta versão da polícia e cita ameaças
Uma abordagem policial violenta foi registrada em Piracicaba, interior de São Paulo, e está causando revolta por conta das cenas registradas pelos próprios moradores. O caso ocorreu na última segunda-feira (01).
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Em um dos momentos, um dos policiais da Rocam (Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas), grupo da Polícia Militar paulista, chutou e atirou um armário em cima de um homem em cadeira de rodas após um leve empurrão do cadeirante contra o agente.
O homem na cadeira de rodas tentava argumentar e defender o filho – que também foi agredido, com cassetetes - após os policiais invadirem a residência das vítimas.
Abordagem motivada por moto sem lacre
Segundo a PM, os militares teriam visto uma moto com a placa sem lacre e o rapaz, vendo a abordagem, interveio. Os policiais dizem que o homem não obedeceu a ordem para sair do local e teria partido para cima dos agentes.
Ao tentar escapar das agressões, entrou para dentro de casa. A corporação diz que o jovem “tentou resistir e se evadir”, ainda que tenha tentado fugir para a própria residência. O rapaz ainda teria rompido dispositivos de contenção elétrica de uma arma taser usada na abordagem.
Invadindo o local, se depararam com outros familiares, incluindo o pai do rapaz, um idoso em cadeira de rodas. O homem tentou impedir a violência, gritando para que os policiais parassem com as agressões e questionando o motivo da ação.
Nos vídeos filmados por familiares é possível ver o cadeirante dando um empurrão no policial. O agente, então, chutou o homem e derrubou um armário sobre o homem na cadeira de rodas.
Inquérito foi instaurado
De acordo com a corporação, foi solicitado apoio da Força Tática, que conduziu o primeiro alvo dos policiais a um pronto socorro e, depois, à delegacia. Ainda segundo a PM, os familiares do rapaz teriam hostilizado a equipe, tentando impedir a prisão. O caso foi registrado por desacato e desobediência.
Os parentes afirmaram que foram ameaçados de morte. Um inquérito foi instaurando pela PM para investigar a conduta dos agentes, que não foram afastados das ruas.
Por fim, em nota, a Rocam afirmou que a situação “destaca a complexidade e os desafios enfrentados pelas forças de segurança durante abordagens e prisões”.