Corregedoria investiga envolvimento de policiais na morte de jovem de 15 anos em Porto Alegre
João Vitor Macedo foi ferido a tiros e morreu durante o atendimento médico; família diz que policiais não prestaram socorro à vítima
A Corregedoria-Geral da Polícia Civil (Cogepol) investiga o suposto envolvimento de policiais civis na morte de um adolescente de 15 anos, em Porto Alegre (RS).
O crime aconteceu na última quinta-feira (28). João Vitor Macedo foi ferido a tiros e morreu durante atendimento médico no Hospital de Pronto-Socorro. Testemunhas teriam apontado que os responsáveis pelo crime eram policiais.
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Em entrevista ao SBT, um dos amigos da vítima confessou que os dois cometeram assaltos a pedestres na data do crime, e que, por isso, correram quando viram um carro da Polícia Civil. “Falei para ele pular o riacho comigo, mas ele não quis”, disse o jovem, que contou que chegou a ver o amigo se render aos agentes. “Quando ele levantou as mãos e virou de frente pra eles, já entraram atirando”, completou.
Nesta terça-feira (2), familiares e amigos de João bloquearam uma rua da Capital, em protesto pedindo por justiça no caso.
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A mãe de João, Juliana Lopes Macedo, disse que o Samu só foi acionado após a chegada de um primo da vítima ao local. “Se ele tivesse reagido contra eles, eles poderiam atirar, mas o que eles fariam? Prestariam socorro. E o que eles fizeram? Eles balearam e foram embora”, contou.
A corregedoria da polícia informou que apura o envolvimento de agentes na morte do adolescente. A viatura e os policiais envolvidos na ocorrência foram identificados. Uma câmera de segurança registrou parte da ação e já está com os investigadores.
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“Há indícios que nós temos que apurar de que possa ter havido alguma conduta inadequada por parte dos policiais que levaram à morte do rapaz. Se foi comprovado realmente a participação dos policiais civis e que foi uma participação sem justificativa legal, sem dúvida eles serão responsabilizados e responderão a isso”, disse o Chefe de Polícia do Estado do Rio Grande do Sul, Fernando Sodré.