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Policial acusado de matar marceneiro na saída do trabalho é preso em São Paulo

PM foi levado ao Presídio Romão Gomes após acusação de homicídio; defesa afirma que não há fundamentos para a prisão cautelar

Imagem da noticia Policial acusado de matar marceneiro na saída do trabalho é preso em São Paulo
PM acusado de matar jovem em Parelheiros é preso. | Reprodução
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O policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida foi preso no sábado (16), em São Paulo. A informação foi confirmada pelo advogado de defesa do agente.

Após a detenção, ele foi encaminhado ao Presídio da Polícia Militar Romão Gomes, na Zona Norte da capital, onde permanece sob custódia.

Fábio é acusado de matar o marceneiro Guilherme Dias Santos Ferreira, de 26 anos, no dia 4 de julho, em Parelheiros, na Zona Sul da cidade. A vítima foi atingida por um tiro na cabeça enquanto caminhava para um ponto de ônibus, após sair do trabalho. Na ocasião, o policial afirmou ter confundido Guilherme com um assaltante que ele perseguia após sofrer uma tentativa de roubo.

O MP-SP havia apresentado a denúncia e solicitado a prisão preventiva de Fábio na quinta-feira (14). A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia no dia seguinte e tornou o agente réu por homicídio.

“A gravidade concreta do crime e a periculosidade do agente, evidenciada pelo modus operandi, constituem fundamentação idônea para a decretação da custódia preventiva”, escreveu a juíza Paula Marie Konno na decisão.

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O que diz a defesa

Em nota, a defesa de Fábio classificou a prisão preventiva como “descabida” e sustentou que o agente agiu sob medo, acreditando estar em legítima defesa.

“Eventual erro ou falha em sua atuação policial deve ser apurada à luz da presunção de inocência. Não há qualquer requisito legal para a decretação da custódia cautelar nesse momento”, disse a defesa, que afirmou ainda que buscará a liberdade do policial.

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Relembre o caso

O policial teria confundido o marceneiro, que corria para pegar o ônibus após sair da empresa onde trabalhava, com o criminoso. Segundo o boletim de ocorrência, Fábio alegou que tinha matado uma pessoa em reação à tentativa de roubo de sua moto. Mas a investigação questiona o relato do policial.

Ao chegar ao local para periciar a vítima, a Polícia Científica encontrou na mochila de Guilherme itens como celular, talheres e uma marmita. Logo depois, colegas de trabalho da vítima chegaram ao local e mostraram um circuito da câmera de segurança que mostra o jovem saindo do trabalho sete minutos antes de ser morto, a cerca de 50 metros do ponto de ônibus.

O jovem, recém-casado, também postou uma foto em aplicativo de mensagem com a legenda "mais um dia concluído". Guilherme saiu da condição de suspeito para a de vítima.

O boletim final do caso informa que o PM Fábio Anderson "provavelmente acreditou que se tratava de um dos criminosos que o haviam abordado". De acordo com os investigadores, o policial agiu por erro de "percepção", afastando a hipótese de legítima defesa. A pistola Glock calibre 40 utilizada, pertencente à Polícia Militar, foi apreendida.

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