Polícia identifica menor que matou turista que entrou em comunidade por engano no Rio de Janeiro
Diely da Silva, de 34 anos, foi enterrada na manhã desta terça-feira (31) no interior da Bahia; motorista do veículo recebeu alta depois de ser atendido
SBT Rio
A Polícia Civil do Rio de Janeiro busca o autor dos disparos que mataram uma turista baiana que entrou por engano em uma comunidade da zona Oeste da capital no sábado (28).
De acordo com a corporação, o suspeito é um adolescente de 16 anos, identificado depois de um trabalho de inteligência em apoio a uma operação realizada nesta segunda-feira (30), nas comunidades da Fontela e do Coroado, em Vargem Pequena, onde o crime aconteceu.
O adolescente teria fugido para o Complexo da Penha, na zona Norte. Contra ele, já há um mandado de busca e apreensão pela prática de atos infracionais anteriores. As investigações estão em andamento para apurar a participação de outros suspeitos.
Crime
Segundo as investigações, Diely da Silva, de 34 anos, estava em um carro de aplicativo na noite do último sábado quando o motorista - que não é do Rio de Janeiro e não conhece a região - entrou por engano em uma área controlada pelo Comando Vermelho, a maior facção criminosa do Estado.
Segundo a polícia, traficantes determinaram que motoristas que trafegam por ali devem estar com vidros abaixados, luz interna acesa e alerta ligado. O motorista não sabia disso e virou alvo do menor, que fazia a segurança da comunidade. Os disparos acertaram o pescoço da turista e as costas do condutor.
+ Criança morre após ônibus cair de balsa durante travessia no Pará
O motorista Anderson Pinheiro, também de 34 anos, foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, também na zona Oeste. Ele foi atendido, recebeu alta e prestou depoimento. Já Diely foi enterrada na manhã desta terça-feira (31) na cidade de Candiba, na Bahia, onde nasceu.
Ela era contadora, morava em Jundiaí, no interior de São Paulo. De acordo com parentes, estava no Rio de Janeiro para passar o Réveillon e havia chegado à cidade no dia em que o crime aconteceu.
