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Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão contra suspeitos de vender sentenças em Mato Grosso

Alvos da operação são ligados a um desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso; ação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF

Imagem da noticia Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão contra suspeitos de vender sentenças em Mato Grosso
Divulgação/Polícia Federal
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Na manhã desta sexta-feira (20), a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão em endereços ligados a um desembargador investigado por venda de sentenças, em Mato Grosso. A operação mira pessoas ligadas ao magistrado, suspeitas de negociar as decisões judiciais no Tribunal de Justiça do Estado. A operação, foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal, no entanto, não confirmou o nome dos alvos da operação.

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Esta é uma nova fase das investigações que já havia cumprido mandados de busca e apreensão em agosto deste ano, quando os desembargadores Sebastião de Moraes Filho e João Ferreira Filho foram afastados de suas funções no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), devido a suspeitas de envolvimento em esquemas de corrupção. No final de novembro, durante a Operação Sisamnes, a PF cumpriu novos mandados de busca e apreensão nas residências dos dois magistrados, além de prender o lobista Andreson Gonçalves, apontado como intermediário no esquema.

As apurações indicam que o grupo investigado tem sido responsável por fraudar decisões judiciais mediante pagamentos. A operação ainda revela que advogados, lobistas e assessores desempenhavam o papel de intermediários entre os magistrados e aqueles que buscavam influenciar as decisões do Judiciário, em troca de dinheiro e outros favores.

Além de realizar a prisão de envolvidos, a PF também bloqueou bens e valores relacionados aos magistrados, que agora são monitorados por tornozeleiras eletrônicas. Os passaportes de ambos foram apreendidos, e as investigações continuam com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema, incluindo advogados e empresários que se beneficiaram das vendas de sentenças.

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O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) se manifestou sobre o caso, informando que está acompanhando de perto as investigações e se colocou à disposição para fornecer informações necessárias ao andamento da apuração. A operação segue em andamento e promete trazer novos desdobramentos sobre a corrupção no sistema judiciário de Mato Grosso.

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