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Polícia do DF prende condenado por planejar atentado com bomba no Aeroporto de Brasília em 2022

George Washington de Oliveira Sousa, de 57 anos, foi condenado por ter colocado artefato explosivo em um caminhão-tanque no aeroporto e estava foragido

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George Washington de Oliveira
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, nesta terça-feira (9), George Washington de Oliveira Sousa, de 57 anos, condenado pela tentativa de atentado nos arredores do Aeroporto Internacional de Brasília, em dezembro de 2022. Ele chegou a ser preso em regime semi-aberto, mas tornou-se foragido ao não se apresentar à Justiça.

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Segundo as investigações, no dia 24 de dezembro daquele ano, a Polícia Militar desativou um artefato explosivo colocado em um caminhão-tanque carregado com milhares de litros de combustível de aviação. A ação teria sido articulada por George Washington e por outro comparsa, Alan Diego dos Santos Rodrigues.

George também é acusado de envolvimento na tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em Brasília, em 12 de dezembro de 2022, data da diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva. Esses atos estão sob investigação da CPI dos Atos Antidemocráticos.

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De acordo com a Polícia Civil, George foi levado a Polícia Federal às 20h20, em cumprimento a mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Posteriormente, foi encaminhado à carceragem da PCDF, onde permanece à disposição da Justiça.

Relembre o caso

O esquadrão antibomba da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) neutralizou um artefato explosivo no dia 24 de dezembro de 2022, perto do Aeroporto de Brasília. A polícia foi acionada por volta das 8h para atender a ocorrência.

George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues colocaram dinamite em um caminhão-tanque carregado de combustível. Em depoimento à PCDF, George afirmou que a ideia do atentado surgiu em conversas no acampamento montado em frente ao QG do Exército, em Brasília, por apoiadores do então presidente Jair Bolsonaro (PL) que não aceitaram o resultado da eleição. O acusado também disse que decidiu se tornar atirador e comprar armas e munições após declarações de Bolsonaro.

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Além da bomba, que seria detonada no estacionamento do aeroporto, o grupo também planejava instalar explosivos em uma subestação de energia em Taguatinga, cidade a cerca de 25 km do centro de Brasília. No depoimento, George afirmou ser contra a ideia da bomba no terminal e disse que teria entregue o artefato a Alan, que o instalou em um poste próximo à subestação.

Durante a prisão, a polícia encontrou diversas armas e munições com o acusado. Ele contou que trabalhava como gerente em um posto de gasolina no Pará e que obteve licença de CAC (colecionador, atirador desportivo e caçador) em outubro de 2021, incentivado por declarações de Bolsonaro.

“O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro, que sempre enfatizava a importância do armamento civil, dizendo o seguinte: ‘Um povo armado jamais será escravizado’”, declarou.

George afirmou já ter gasto mais de R$ 160 mil com armamento e disse que viajou para Brasília em 12 de novembro para participar dos acampamentos antidemocráticos, carregando no bagageiro de uma caminhonete duas escopetas calibre 12, dois revólveres calibre .357, três pistolas (duas Glocks e uma CZ Shadow), um fuzil Springfield calibre .308, mais de mil munições de diversos calibres e cinco bananas de dinamite.

Condenação

Em maio de 2023, a Justiça do Distrito Federal condenou os dois envolvidos na tentativa de atentado. George Washington recebeu pena de 9 anos e 4 meses de prisão, e Alan Diego dos Santos, de 5 anos e 4 meses, ambos em regime inicial fechado. O segundo segue foragido.

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