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Premiê do Catar diz que país responderá a ataque de Israel e chama ofensiva de 'terrorismo de Estado'

Mohammed bin Abdulrahman al-Thani afirmou que pretende se reunir com aliados para definir detalhes da ofensiva que matou 5 integrantes do Hamas

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Primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman al-Thani
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O primeiro-ministro do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman al-Thani, afirmou nesta quarta-feira (10) que o país responderá ao ataque de Israel, em Doha, contra membros da alta cúpula do Hamas. Al-Thani disse que pretende se reunir em breve com aliados para definir detalhes da ofensiva.

O Hamas informou que cinco integrantes do grupo morreram no ataque, entre eles o filho do chefe exilado em Gaza e principal negociador, Khalil al-Hayya. Os líderes de alto escalão sobreviveram.

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"Não tenho palavras para expressar o quanto estamos enfurecidos com tal ação", afirmou Al-Thani à rede americana CNN. "Isso é terrorismo de Estado."

Al-Thani classificou o ataque como uma traição, uma vez que o Catar atua como mediador nas negociações de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que incluem a libertação de reféns mantidos pelo Hamas. O premiê acredita que a ofensiva "matou qualquer esperança" que ainda podia restar aos que estão mantidos em cárcere pelo grupo palestino.

Al-Thani disse ainda que o ataque ameaça não só o Catar, mas toda a região. Nos últimos anos, o Catar tem buscado se firmar como mediador no Golfo Pérsico entre o Ocidente e países árabes, em disputa direta com a Arábia Saudita.

O ataque recebeu críticas de toda a comunidade internacional, inclusive do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que afirmou que a ofensiva foi uma decisão unilateral de Israel. A Organização das Nações Unidas (ONU) classificou a ofensiva como uma violação de soberania.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou nesta quarta-feira que vai propor a suspensão parcial do Acordo de Associação entre a União Europeia e Israel, que garante benefícios comerciais ao país. A decisão deve ser discutida nas próximas semanas entre os países do bloco.

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