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Condenado por planejar atentado se nega a falar sobre bomba na CPI da CLDF

George Washington de Oliveira Sousa está entre os condenados pela tentativa de explosão a caminhão-tanque nos arredores do aeroporto de Brasília

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George Washington de Oliveira
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George Washington de Oliveira Sousa, um dos condenados pela tentativa de atentado nos arredores do aeroporto internacional de Brasília, se recusou, nesta 5ª feira (29.jun), a responder a maior parte das perguntas feitas a ele no âmbito da CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).

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"Permanecerei calado", respondeu o depoente em grande parte das oportunidades em que foi questionado pelos deputados distritais sobre o planejamento da tentativa de explosão a um caminhão-tanque abastecido com milhares de litros de combustível de aviação, ocorrida em 24 de dezembro. 

Apesar do silêncio no colegiado, à Polícia Civil do Distrito Federal, George Washington confessou a intenção de cometer o atentado e relatou ter vindo à capital federal para participar das manifestações golpistas contra a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições. 

Ele também é acusado de ter participado da tentativa de invasão da sede da Polícia Federal, em Brasília, no dia 12 de dezembro, dia da diplomação do presidente eleito. Os atos do dia 12 de dezembro também fazem parte do escopo de investigação da CPI dos Atos Antidemocráticos.

Ameaças

George Washington é o segundo depoente do colegiado. Antes, foi a vez do vigilante Alan Diego dos Santos dar sua versão do episódio. Na ocasião, ele relatou ter sido "ameaçado por elementos da extrema direita" para transportar a bomba armada no caminhão-tanque. O artefato caiu do veículo e precisou ser desativado pela Polícia Militar. 

"Precisava colocar para manter minha família em segurança. Eu levei, porque tinha que levar para eu não sofrer represália. Eu tenho medo. Não sei se minha família alguém já morreu, ninguém deixa eu falar com a minha família", disse Santos aos deputados distritais. 

Questionado sobre quem é o autor das ameaças, Santos decidiu ficar em silêncio. "Eu já estava sozinho aqui em Brasília. Se a pessoa mostrou pra mim o material e que ia fazer, como eu ia sair depois de ser ameaçado? Eu poderia não querer levar o artefato, eles 'sumir' comigo e me matar", relatou.

Ainda em depoimento à comissão, Santos relatou ter contatado polícia ainda no dia do ocorrido. "Liguei para a polícia informando, mas eles não entendiam. Quando cheguei na via, o caminhão já tinha saído e a caixa estava no chão", narrou, acrescentando que coube a ele colocar, pessoalmente, o explosivo no caminhão. 

Segundo o depoente, a ação ocorreu na companhia de Wellington Macedo de Souza, que segue foragido desde o atentado, e que George Washington foi o responsável por montar a bomba. "Nunca neguei os fatos, mas essa parte eu prefiro falar com os delegados. É uma coisa sigilosa. Não posso falar sobre esse assunto", enfatizou. 
 

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