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Política

Zambelli participa de audiência sobre cassação de mandato e troca farpas com hacker Delgatti

Deputada, presa na Itália, e hacker, detido em Tremembé, participaram de videoconferência na Comissão de Constituição e Justiça

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Deputada foi condenada pelo STF por invasão a sistemas do CNJ e também por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal | Divulgação/Câmara dos Deputados
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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados iniciou, nesta quarta-feira (10), a análise do processo que pode resultar na cassação do mandato da deputada Carla Zambelli (PL-SP), presa na Itália.

A parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por envolvimento na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com participação do hacker Walter Delgatti, também condenado.

Autorizada pela Justiça italiana, Zambelli acompanhou a audiência da prisão onde cumpre pena. Já Delgatti falou por videoconferência direto do presídio de Tremembé, em São Paulo.

Troca de acusações

A audiência foi marcada por embates diretos entre Carla Zambelli e Walter Delgatti. O hacker afirmou que a invasão ao CNJ foi realizada a pedido da parlamentar e que chegou a se hospedar em sua casa em Brasília, alegando que Zambelli “exerceu comando direto sobre os crimes”.

A deputada negou as acusações, disse que o processo contra ela se baseia em “disse-me-disse” e chamou Delgatti de “mitomaníaco”. Em sua defesa, afirmou que ele passou apenas algumas horas em sua casa, e não 15 dias, como relatado por ele.

“Acredita quem quiser acreditar em mim. Quem quiser acreditar em você, acredita”, disse Zambelli. O hacker rebateu: “Ambos são réus, né?”.

Delgatti também reiterou que orientou técnicos do Ministério da Defesa na elaboração de um relatório que questionava a segurança das urnas eletrônicas, versão que foi negada pelo general Nogueira.

Prisão de Zambelli

Antes de sua prisão, Zambelli havia fugido para a Itália, o que levou seu nome a ser incluído na difusão vermelha da Interpol. A deputada foi detida em julho, nos arredores de Roma, e permanece na penitenciária feminina de Rebibbia enquanto aguarda decisão sobre o processo de extradição.

Pelas regras da Câmara, a análise sobre a perda do mandato começa na CCJ e, em seguida, segue para o plenário. Para que a cassação seja confirmada, serão necessários ao menos 257 votos, maioria absoluta dos deputados.

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