PF prende assessor com R$ 700 mil ligados a ataque hacker contra instituições financeiras
Ação da Polícia Federal resultou na apreensão do montante em espécie e um veículo; caso é investigado
Caroline Vale
A Polícia Federal prendeu em flagrante, na tarde de terça-feira (22), um homem que saía de uma agência do Banco do Brasil em Boa Vista (RR) com R$ 700 mil em espécie. A suspeita é de que o dinheiro esteja ligado a um ataque hacker que desviou centenas de milhões de reais de instituições financeiras no final de junho.
O preso é um assessor parlamentar, segundo a PF. Ele foi detido no momento em que deixava o banco com o dinheiro.
No dia 12 de julho, o suspeito teria recebido mais de R$ 2 milhões em sua conta do Banco do Brasil, movimentação considerada atípica. A PF passou a monitorá-lo e descobriu que ele havia agendado o saque de R$ 1 milhão. Os agentes o aguardaram na porta do banco e efetuaram a prisão e apreensão dos R$ 700 mil.
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A ação foi resultado de cooperação entre a Polícia Federal, o Banco Central e o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF), que identificaram transações suspeitas após o ataque cibernético à empresa C&M Software, prestadora de serviços digitais ao Banco Central.
Estima-se que cerca de R$ 800 milhões tenham sido desviados durante o ataque. O valor apreendido com Jackson teria vindo de empresas beneficiadas pelo furto eletrônico, investigado pela Operação Magna Fraus.
Além do dinheiro, um veículo usado pelo suspeito também foi apreendido. Em nota, a PF informou que o detentor dos valores em espécie foi preso em flagrante por lavagem de dinheiro em virtude da ausência de justificativas plausíveis para a posse dos altos montantes em espécie. As investigações continuam em andamento.
