Polícia

Operação mira esquema de lavagem de dinheiro em plano de saúde no DF

Criminosos usavam empresas de fachada, em nome de laranjas, para ocultar origem de valores sonegados; prejuízo aos cofres públicos pode chegar a R$ 26 milhões

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Uma das empresas, considerada fantasma pela polícia, não possuía sede, funcionários ou atividade comercial real, mas movimentou mais de R$ 8 milhões | Divulgação/PCDF
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A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu na manhã desta terça-feira (11) nove mandados de busca e apreensão no Lago Sul, Jardim Botânico e Noroeste, em Brasília, durante a segunda fase da operação Bellevue. A ação investiga um esquema de sonegação fiscal e lavagem de dinheiro envolvendo uma operadora de plano de saúde que atua no DF.

Segundo a investigação, o grupo utilizava empresas de fachada para ocultar a origem dos valores sonegados. Foram identificadas unidades nos ramos de home care, contabilidade, assessoria e clínica médica, todas registradas em nome de laranjas. As companhias serviam para fracionar e movimentar recursos de forma a dificultar o rastreamento pelas autoridades.

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Uma das empresas, considerada fantasma pela polícia, não possuía sede, funcionários ou atividade comercial real, mas movimentou mais de R$ 8 milhões em contas bancárias. As apurações indicam que o esquema opera desde 2019 e teria causado prejuízo superior a R$ 26 milhões aos cofres públicos do DF. Além das buscas, a Justiça determinou sequestro de bens e bloqueio de valores ligados aos investigados.

A primeira fase da operação, deflagrada em 2024, já havia revelado a existência da sonegação fiscal. Nesta nova etapa, o foco é a lavagem do dinheiro obtido ilegalmente e a identificação dos beneficiários finais do esquema.

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Os envolvidos são investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. Em caso de condenação, as penas podem somar até 21 anos de prisão.

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