Músico Didico é acusado de violência física pela ex-companheira e é afastado por grupo
Pagode do Adame diz que não compactua com qualquer tipo de violência e expulsa artista

Júlia Zuin
O músico Matheus Souza de Castro, conhecido como Didico, integrante da banda Pagode do Adame, está sendo investigado por suspeita de agressão física contra sua ex-companheira Beatriz Ramos. O crime que levou Beatriz à delegacia para depor contra o artista teria acontecido no ano passado em Niterói, no estado do Rio de Janeiro.
“Ele sempre foi agressivo. Eu já tenho dois boletins de ocorrência contra ele, mas um não levei para frente, em 2020. Naquela época havíamos discutido devido a uma suposta traição. Ele chegava em casa e a gente acabava brigando, até que, nesta ocasião, ele me bateu. De qualquer forma, até o seu modo de falar é agressivo”, conta Beatriz ao SBT News.
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Neste episódio, de acordo com o registro do caso, Beatriz, após comentários violentos do marido, conta que Didico a agrediu com pancadas na cabeça, socos no rosto, na região dos olhos e da boca, também deu chute em suas pernas e machucou seus braços. Ela foi encontrada pela irmã, por uma vizinha e uma amiga, que foram socorrê-la uma hora depois, em sua residência e a encontraram debaixo do chuveiro, ensanguentada.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e a vítima foi socorrida e encaminhada a um hospital regional. No dia seguinte, pela manhã, Beatriz foi transferida para uma clínica psiquiátrica. Ela afirma que estava extremamente abalada e precisava de ajuda médica, porque não conseguia se desvencilhar do seu relacionamento abusivo com o artista.
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"Eu tinha uma dependência emocional absurda nele. Além de tentar me proteger, devido ao medo dele, foi por isso que eu decidi expor, também: para ele nunca mais ele me procurar e para que a Justiça seja feita", diz Beatriz, que tem a guarda da filha de 4 anos que teve com o músico.
O grupo Pagode do Adame, do qual Didico fazia parte, expulsou o músico e realizou um anúncio público sobre o caso. "Somos veementemente contrários a todas as formas de violência, inclusive a de gênero, seja ela física, psicológica, sexual, econômica ou política", diz a nota da banda.
Até que os fatos sejam apurados, Didico está afastado de seus companheiros, de sua ex-esposa e também da filha. O caso segue em investigação.
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Em caso de violência contra a mulher, ligue 180; o serviço, oferecido pelo governo, é gratuito e tem como objetivo prestar serviços de atendimento para este grupo minoritário que é constantemente vítima de diversos crimes.