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Polícia

Mulher é espancada pelo ex-marido e vive escondida com medo de novas agressões

Após 15 anos de violência doméstica, diarista teme pela própria vida mesmo com o agressor preso

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Hematomas, um braço quebrado e muito medo. É assim que Laísla Ferraz, diarista e mãe de três filhos, tenta retomar a vida após sofrer mais uma agressão do ex-marido.

A última violência ocorreu quando ela seguia para a delegacia para registrar mais uma queixa. Tinha acabado de receber alta do hospital, onde esteve internada justamente por ter sido espancada pelo mesmo homem. "Ele me tirou do carro da minha comadre pelo pescoço, eu me defendi com o braço e ele quebrou", conta Laísla.

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O agressor, Vanderson Santos, de 36 anos, que já descumpria uma medida protetiva, passou a ser procurado pela polícia de São José dos Campos, no interior de São Paulo. Ele foi localizado escondido na casa de familiares e preso. Após audiência de custódia, a justiça determinou sua permanência na prisão. "Isso é um alívio tanto pra mim quanto pros meus filhos", desabafa a vítima.

Foram 15 anos de um relacionamento abusivo, que também deixou marcas profundas nos três filhos do casal, de 7, 9 e 12 anos. "O mais velho pedia para eu me separar, porque não aguentava mais", diz Laísla entre lágrimas.

Com os ferimentos, ela está sem poder trabalhar e longe das crianças, já que precisa se esconder por segurança. Mesmo com o agressor atrás das grades, teme pelo que pode acontecer quando ele for solto. Em uma das mensagens enviadas, ele deixou claro suas intenções: "Eu vou pra cadeia e, pode demorar o tempo que for, vou te achar e te matar".

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Os episódios de violência foram inúmeros. Laísla relata que o ex-marido sempre foi extremamente ciumento e não aceitava sua liberdade. Há menos de um mês, incentivada pelos filhos, pediu o divórcio, mas isso só fez com que Vanderson se tornasse ainda mais agressivo.

Em um dos momentos mais aterrorizantes, ele invadiu a casa dela e começou a agredi-la enquanto ela segurava a filha de 7 anos no colo. "Ela acordou assustada com os tapas que ele me dava", relembra.

Ao conseguir escapar e buscar refúgio na casa de uma vizinha, viu, impotente, suas roupas sendo queimadas pelo ex-marido. "Eu saí na rua e ele estava com um caibro, usou pra me bater na cabeça", diz.

As marcas visíveis dessa violência vão desaparecer com o tempo, mas as feridas emocionais permanecerão. Questionada sobre o que diria a Vanderson agora que ele está preso, Laísla apenas pede: "Me deixa em paz, eu só quero viver".

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