Mulher de 42 anos morre depois de lipoaspiração no RJ
Família acusa hospital de negligência; médica responsável responde por dois processos de procedimentos estéticos que deram errado
Caio Álex
Uma mulher de 42 anos morreu após passar por um procedimento de lipoaspiração no hospital Rio Day, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. De acordo com a família, a cirurgia levou 10 horas, duração incomum para a cirurgia. A morte foi registrada no último sábado (27), três dias depois da intervenção estética.
Os parentes da vítima acusam negligência do hospital. Roberta da Silva Mendonça passou mal na madrugada seguinte ao procedimento e não foi bem assistida. De acordo com a família, o hospital não tinha nenhum tipo de monitoramento e a unidade não possuía centro de terapia intensiva (CTI).
A médica que fez o procedimento, Anike Brilhante, responde por dois processos por procedimentos estéticos que supostamente deram errado, em 2018 e 2019. As vítimas cobram danos morais. Nas redes sociais, Anike publica vídeos sobre os casos realizados em pacientes.
Na cerimônia de despedida, revolta de familiares e amigos. A mãe de Roberta, Sônia Regina Peres da Conceição, cobra por justiça. “Ela não tirou só minha filha de mim, a minha neta perdeu a mãe. Eu tenho uma neta de 5 anos, ela é autista. Agora como vai ficar isso? Se ela não tinha condições de fazer, por que fez? Ela tirou um pedaço de mim, isso não se faz com uma mãe”, desabafa.
O 19º DP da Tijuca está investigando o caso. A defesa da médica afirmou que a operação foi conduzida dentro dos parâmetros adequados, seguindo os protocolos médicos estabelecidos, e que no caso de Roberta, foram feitos todos os exames prévios, sem intercorrências durante o procedimento. Os advogados afirmaram que Anike vai colaborar com a investigação, Os defensores não citou as outras acusações. Já o Conselho Regional de Medicina do Rio tomou conhecimento do caso pela imprensa e que vai apurar os fatos.