Moto usada em latrocínio de ciclista é apreendida em SP; polícia prende chefe de quadrilha
Veículo foi encontrado abandonado na zona sul da capital e levou à prisão de Suedna Barbosa Carneiro, acusada de liderar grupo criminoso
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Fabio Diamante
A Polícia Civil apreendeu a moto utilizada no latrocínio do ciclista Vitor Medrado, de 46 anos, ocorrido na semana passada na zona sul de São Paulo. O veículo foi encontrado abandonado próximo à comunidade de Paraisópolis e passou por perícia, que revelou impressões digitais e material genético, que devem auxiliar nas investigações.
A partir da análise das provas coletadas, os investigadores chegaram até Suedna Barbosa Carneiro, de 41 anos, conhecida como "Mainha do Crime". Apontada como líder de uma quadrilha especializada em roubos na capital, Suedna foi presa na manhã desta terça-feira (18) durante uma operação policial.
De acordo com as autoridades, a criminosa fornecia armas, capacetes e mochilas de entregadores para os assaltantes, além de comprar os produtos roubados. “Ela fomenta o crime ao fornecer meios para os roubos e também atua como receptadora dos objetos levados pelas vítimas”, explicou o delegado Marcel Druziani.

Além do envolvimento no latrocínio do ciclista, Suedna é investigada pela morte do delegado Josenildo Belarmino de Moura Júnior, assassinado em janeiro em um assalto em Santo Amaro. A polícia suspeita que uma das armas encontradas na casa dela tenha sido usada no crime.
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Os três suspeitos de terem atacado o delegado fazem parte da quadrilha de Suedna e estão foragidos. Um deles, Vitor Caetano Gonzaga da Silva, o "Valentino", é apontado como o responsável pelos disparos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o grupo estaria envolvido em pelo menos sete latrocínios, incluindo o do ciclista Vitor Medrado.
Durante a operação que resultou na prisão da criminosa, os agentes apreenderam armas, celulares, dinheiro e vídeos que mostram a quadrilha celebrando os crimes. Mesmo cumprindo pena em regime aberto desde maio do ano passado, Suedna seguia liderando o grupo enquanto comparecia mensalmente ao fórum para prestar contas à Justiça.