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Polícia

Morte de delator do PCC: policiais civis denunciados por Gritzbach são afastados

Empresário ligado à facção e executado no Aeroporto de Guarulhos (SP) apontou agentes corruptos em delação premiada

Imagem da noticia Morte de delator do PCC: policiais civis denunciados por Gritzbach são afastados
Empresário e delator do PCC sofrendo disparos em frente a Base Móvel da GCM | Reprodução
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Policiais civis denunciados por corrupção na delação de Antônio Vinícius Gritzbach, empresário ligado ao PCC e morto na última sexta-feira (8) no Aeroporto de Guarulhos, foram afastados do trabalho operacional, nesta quarta-feira (13), pela força-tarefa que investiga a execução do delator.

A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), que afirmou, em nota, que os agentes "foram afastados das atividades operacionais para funções administrativas".

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O SBT Brasil de terça-feira (12) mostrou, com exclusividade, que Eduardo Monteiro, investigador da Polícia Civil e denunciado por Gritzbach, é parente da corregedora-geral da instituição, Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez. Ele é um dos agentes afastados pela força-tarefa.

Antônio Vinícius, que atuava como lavador de dinheiro do PCC, havia feito uma delação premiada, implicando diversos policiais, incluindo Monteiro e o delegado Fábio Baena. Na delação, ele denunciou corrupção e arbitrariedades cometidas pela equipe da Delegacia de Homicídios Múltiplos, que investigava o assassinato de Anselmo Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", importante membro do PCC.

Além disso, oito policiais militares que faziam a segurança de Gritzbach no dia de sua execução foram afastados enquanto a força-tarefa prossegue nas investigações.

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O assassinato

As investigações iniciais apontam para uma possível ordem do PCC (Primeiro Comando da Capital) para matar o empresário. Em dezembro de 2021, Gritzbach ordenou a morte de Anselmo Santa Fausta e do motorista Antônio Corona Neto, o "Sem Sangue", em uma emboscada no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.

O crime teria acontecido depois do traficante do PCC ter entregue R$ 40 milhões ao empresário para que fossem investidos em criptomoedas. Após o investimento não dar certo e Anselmo perder o dinheiro, o líder do PCC fez diversas ameaças a Gritzbach. Em resposta, ele teria encomendado a morte do traficante com um pistoleiro, identificado como Noé Alves.

Cerca de 20 dias depois dos assassinatos, o responsável pelas mortes de "Cara Preta" e "Sem Sangue" foi executado pelo PCC. A facção deixou um bilhete ao lado do corpo de Noé – que foi esquartejado e teve a cabeça jogada no local da morte dos traficantes.

Após o crime, Antônio Vinicius Gritzbach foi preso diversas vezes, até ser solto definitivamente em 7 de junho de 2023, quando ganhou liberdade condicional. Em junho deste ano, o empresário fez um acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução de pena e revelou esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa.

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