Morte de delator do PCC: oito policiais militares são afastados
Corregedoria investiga há mais de um mês o envolvimento dos policiais na segurança de Gritzbach; Polícia Civil acompanha agentes citados em delação
Oito policiais militares investigados pelo envolvimento na escolta do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foram afastados nesta terça-feira (12) pela força-tarefa criada pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). Gritzbach foi morto na sexta-feira (08), em um suposto ataque de integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
+ Desembargadora do TJ-SP fala sobre execução de delator do PCC e principais suspeitas
De acordo com a SSP, a Corregedoria da PM investiga há mais de um mês o envolvimento dos policiais na segurança de Gritzbach. Os agentes, segue a SSP, foram chamados para prestar esclarecimentos no inquérito militar. Os celulares foram apreendidos e passam por análise.
Policiais civis
A Corregedoria da Polícia Civil também acompanha os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público com Gritzbach. Parte dos documentos foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização da conduta de cada um.
O delator é acusado de mandar matar Anselmo Santa Fausta, conhecido como "Cara Preta", e seu motorista Antônio Corona Neto, vulgo "Sem Sangue", em 2021. Vinícius foi preso por duplo homicídio triplamente qualificado.
Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito na superintendência do órgão em São Paulo para investigar o assassinato do empresário. A PF informou que irá trabalhar de forma conjunta com a Polícia Civil de SP.
O empresário, que havia desembarcado de uma viagem de Goiás, foi morto com 10 tiros enquanto caminhava pelo Terminal 2. Dois homens saíram de um carro e o alvejaram, em uma ação rápida e violenta. Segundo a polícia, pelo menos 29 disparos foram efetuados contra a vítima