Exclusivo: Investigador acusado por delator do PCC é parente de corregedora da Polícia Civil de São Paulo
Em delação premiada, empresário denunciou casos de corrupção e arbitrariedades cometidas por policiais civis
Fabio Diamante
Robinson Cerantula
Majô Gondim
Um investigador da Polícia Civil, denunciado por corrupção por Antônio Vinícius Gritzbach, empresário ligado ao PCC e morto na última sexta-feira no Aeroporto de Guarulhos, é parente da corregedora-geral da instituição. Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez é a responsável por entregar ao Conselho da Polícia Civil o pedido de afastamento do investigador, seu parente, Eduardo Monteiro.
Antônio Vinícius, que atuava como lavador de dinheiro do PCC, havia feito uma delação premiada, implicando diversos policiais, incluindo Eduardo Monteiro, e o delegado Fábio Baena. Na delação, Vinícius denunciou corrupção e arbitrariedades cometidas pela equipe da Delegacia de Homicídios Múltiplos, que investigava o assassinato de Anselmo Santa Fausta, um importante membro do PCC.
A investigação, agora, enfrenta a delicada situação da corregedora ser parente de um dos policiais acusados. Além disso, oito policiais militares que faziam a segurança de Vinícius no dia de sua execução foram afastados enquanto a Força-Tarefa prossegue nas investigações.
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A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo foi procurada, mas não se manifestou sobre as denúncias de corrupção envolvendo o delegado Fábio Baena e o investigador Eduardo Monteiro. Tanto Baena quanto Monteiro também não responderam sobre as acusações até o momento.