Justiça concede liberdade a influenciadora acusada de planejar morte de autoridades no Maranhão
Tainá Sousa, presa preventivamente desde o início de agosto, teve habeas corpus concedido por unanimidade

TV Difusora
A influenciadora digital maranhense Tainá Sousa, presa preventivamente desde o início de agosto sob acusação de envolvimento em uma suposta trama para ceifar a vida de autoridades, foi solta nesta quarta-feira (10). A decisão foi tomada pela 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), que concedeu o habeas corpus por unanimidade.
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Segundo a assessoria da influenciadora, o julgamento do mérito do habeas corpus começou na segunda-feira (2). Antes disso, tanto o pedido liminar quanto o de reconsideração haviam sido negados.
Tainá Sousa foi presa acusada de integrar uma associação criminosa envolvida em desvio de dinheiro e na elaboração de uma lista de possíveis pessoas para assassinato, que incluía um delegado, um deputado e um jornalista.
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A relatora, desembargadora Maria da Graça Amorim, votou pela liberdade, entendendo que a autoridade policial não conseguiu comprovar o envolvimento de Tainá na suposta trama, que serviu de base para o decreto prisional.
O desembargador Nilo Batista pediu vistas, mas apresentou voto favorável, acompanhado pelo desembargador Nelson Martins Filho. Com isso, o colegiado decidiu, de forma unânime, pela soltura da influenciadora.
Relembre o caso
A influenciadora digital e musa de uma escola de samba, Tainá Souza, foi presa sob a acusação de integrar uma associação criminosa envolvida em desvio de dinheiro e na elaboração de uma lista de possíveis alvos para assassinato. Segundo a polícia do Maranhão, entre os nomes listados estavam o do delegado Pedro Adão, do deputado estadual Yglésio Moyses e do jornalista Domingos Costa.
O celular da mulher foi apreendido durante a Operação Dinheiro Sujo, que investiga a divulgação de jogos de azar proibidos no estado. A polícia afirma que mensagens comprometedoras encontradas no aparelho indicam sua participação no planejamento de crimes.
Ainda conforme as investigações, Tainá não somente fazia parte da quadrilha como teria poder de decisão sobre quais pessoas seriam julgadas pelo "tribunal do crime". A suspeita é que ela mantinha uma “lista da morte”, com nomes de autoridades públicas e comunicadores.
Tainá foi detida em casa e, antes de ser levada pela polícia, fez questão de calçar um sapato de salto alto, o que chamou a atenção nas redes sociais.
A prisão preventiva da influenciadora foi mantida após audiência de custódia e ela foi transferida para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão.