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Polícia

Casos de violência em bares e casas noturnas no estado de SP dobram em um ano

Número de assassinatos, em particular, aumentou em 76% entre janeiro e junho deste ano, um crescimento de 76% com relação ao mesmo período do ano passado

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O estado de São Paulo registrou quase 1.400 ocorrências de agressões e assassinatos em bares, casas noturnas e outros locais de lazer apenas no primeiro semestre deste ano. Os números representam uma média de mais de 50 casos por semana e praticamente dobraram em relação ao mesmo período de 2024.

O número de assassinatos, em particular, aumentou em 76%. Entre janeiro e junho, 104 pessoas foram mortas em ambientes festivos no estado.

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O caso mais recente aconteceu na zona leste da capital paulista. O segurança Robson Anastácio Cândido, que completaria 42 anos nesta semana, foi morto a tiros por um cliente dentro da casa noturna onde trabalhava. "Nem animal a gente não trata dessa maneira. É muito difícil saber que ele ficou lá jogado", disse a mãe da vítima, Marta Cândida.

Na semana anterior, um jovem de 19 anos foi baleado durante uma confusão na saída de outra balada, também na zona leste. O suspeito, Thiago Luiz Borges dos Santos, foi preso.

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Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública aponta que há quase 5 milhões de armas de fogo registradas em circulação no Brasil, fator que aumenta o risco de tragédias em situações de consumo de álcool e conflitos em locais de diversão. "É uma conjugação perigosa: álcool, arma de fogo e o clima de tensão política no país", explicou Alan Fernandes, conselheiro da entidade.

Em 2022, um episódio de violência em uma casa noturnas também resultou na morte do lutador Leandro Lo, campeão mundial de jiu-jítsu. Ele foi baleado por um ex-policial militar durante um show em São Paulo. O acusado, Henrique Velozo, está preso, mas ainda não foi julgado.

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Segundo especialistas em segurança, a prevenção deve começar na porta dos estabelecimentos. "Segurança sempre trabalha de forma preventiva, nunca repressiva. É preciso fiscalizar quem entra armado", destacou Valdemy Alves Macedo, dono de uma empresa de segurança privada.

Para familiares das vítimas, fica a dor e a cobrança por mais rigor. "Por que deixam uma pessoa entrar armada num lugar público, cheio de gente se divertindo? Ninguém vai a uma festa para morrer", desabafou Fátima Lo, mãe do lutador Leandro Lo.

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