Jovem de 29 anos é morto durante tentativa de abordagem policial
Andrew do Amor Divino furou bloqueio policial; esposa defende que homem não ouviu ordem de parada

Sofia Pilagallo
Com informações do SBT Rio
Um homem de 29 anos morreu ao levar um tiro de fuzil na cabeça durante uma tentativa de abordagem policial, na madrugada de sexta-feira (7), no Rio de Janeiro. O caso aconteceu na avenida Chrisóstomo de Oliveira, na Pavuna, zona norte da capital fluminense.
Imagens de circuito de monitoramento registraram o carro de Andrew Andrade do Amor Divino parado na esquina, quando dois policiais aparecem próximos ao veículo. Em seguida, duas viaturas da Polícia Militar chegam e param a poucos metros.
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A esposa de Andrew, Dayene Nicácio, contou que o jovem estava com os vidros fechados e o som alto e não ouviu a ordem de parada dos policiais. Ao desviar de um ônibus para entrar em uma rua que dava acesso à comunidade, foi alvo de tiros.
A Polícia Militar do Rio de Janeiro informou, em nota, que policiais foram surpreendidos por disparos feitos por criminosos em três motocicletas. "Na sequência, o condutor de um veículo, que não obedeceu a ordem de parada, avançou pelo cerco policial. Um dos agentes efetuou um disparo, vindo a ferir o motorista." A morte de Andrew é investigada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que faz diligências sobre o caso.
Segundo familiares de Andrew, o jovem, que trabalha como mototaxista, estava sozinho no momento em que foi baleado. A família contesta a versão de tentativa de abordagem e pede investigação sobre a ação dos policiais. Dayene e amigos do jovem foram até a delegacia, no sábado (8), e pediram por justiça.
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Andrew foi enterrado neste domingo (9), no Cemitério Ricardo de Albuquerque, na zona norte do Rio. Ele deixa dois filhos: um de seis anos e outro com apenas 23 dias.
"O que eu quero é justiça. Quero que o policial que baleou meu marido pague [pelo que fez]. Desculpa nenhuma que ele der vai trazê-lo de volta", afirmou Deyene à equipe de reportagem do SBT, durante o velório de Andrew.
"Meu filho mais velho perguntou se foi o policial que matou o pai dele. Eu disse que foi um acidente, mas ele viu um trecho da reportagem e ele sabe que não foi um acidente. Mas como eu vou dizer a uma criança de seis anos que um policial matou o pai dele a troco de nada?", acrescentou.








