Fraudes no INSS: PF prende duas pessoas em nova fase de operação contra descontos irregulares
Justiça bloqueou imóveis avaliados em R$ 12 milhões; força-tarefa Sem Desconto investiga esquema de descontos associativos não autorizados em benefícios
Felipe Moraes
Nova fase da operação Sem Desconto, força-tarefa da Polícia Federal (PF) que investiga esquema de descontos irregulares em aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), prendeu duas pessoas em Sergipe, na manhã desta terça-feira (17).
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Mandados de prisão preventiva foram cumpridos em Aracaju e Umbaúba, e cinco de busca e apreensão miraram suspeitos na capital sergipana (2), em Cristinápolis (2) e Umbaúba (1). A 3ª Vara Federal de Sergipe também determinou sequestro de cinco imóveis vinculados a investigados e avaliados em R$ 12 milhões.
A operação Sem Desconto foi deflagrada em abril, pela PF e pela Controladoria-Geral da União (CGU), apontando inicialmente valor de R$ 6,3 bilhões em descontos não autorizados e cerca de seis milhões de aposentados e pensionistas vítimas do esquema.
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Como pedir reembolso de descontos indevidos?
Beneficiários de aposentadorias e pensões podem contestar descontos de mensalidades associativas pelo Meu INSS (aplicativo e site), pelo número 135 ou presencialmente, em agências dos Correios.
Segundo último balanço da autarquia, divulgado na noite de domingo (15), 3.305.288 de consultas foram feitas por beneficiários, sendo que 3.215.261 (97,3%) não reconheceram descontos em aposentadorias ou pensões.
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O canal de atendimento mais usado é o Meu INSS (75.7%). Mais de 500 mil pedidos (15.4%) foram feitos em agências dos Correios, enquanto pouco mais de 290 mil (8.9%) preferiram discar 135. Ao todo, 43 entidades foram alvo de contestação.
Quem contestou desconto pelo número 135 precisa acessar o Meu INSS ou ir a uma unidades dos Correios para saber o resultado. Isso ocorre porque, por telefone, não é possível visualizar a documentação apresentada pela entidade associativa.
