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Polícia

Exclusivo: imagens mostram assassinato de homens que planejaram sequestro de Moro

Membros do PCC foram executados por companheiros dentro de presídio de segurança máxima

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Integrantes do PCC assassinados após falha em plano de sequestrar autoridades
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O SBT Brasil traz, com exclusividade, imagens que mostram o momento dos assassinatos dos homens acusados de terem planejado atentados e sequestros de autoridades, entre elas o senador Sérgio Moro.

Eles foram executados dentro do presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, considerado o reduto da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

As câmeras que gravaram as mortes estão em dois pontos diferentes da penitenciária. As imagens são fortes.

O acerto de contas dentro do PCC aconteceu na hora do almoço, durante o banho de sol, no dia 17 de junho. Os condenados à morte eram Reginaldo Oliveira de Souza, o Rê, e Janeferson Aparecido Mariano Gomes, o Nefo, ambos de 48 anos de idade.

Nefo e Rê foram presos pela Polícia Federal, no ano passado, acusados de planejar o sequestro e assassinato de autoridades, a mando do PCC. Entre os alvos estavam o senador Sérgio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya. Os criminosos falharam na missão determinada pela facção. Além disso, os dois teriam deixado rastros dos planos que comprometem outros nomes da facção.

+ Nefo, morto no presídio em SP, prestava contas de atentados a comando do PCC na Bolívia

O primeiro a ser atacado é Reginaldo. Vítima e assassinos estavam numa área chamada de "gaiola". Os detentos Jaime Paulino de Oliveira, o Japonês, de 47 anos, e Elidan Silva Ceu, conhecido como Taleban, entram na cela à direita – um banheiro usado pelos presos como uma barbearia.

Ronaldo Arquimedes Marinho, o Saponga, de 53 anos, chega carregando uma das armas. Foram usados no crime um punhal e um canivete artesanal.

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Reginaldo chega e é chamado por Saponga para uma conversa, dentro da barbearia. Um outro preso, Marcelo Vieira, faz exercício de barra na porta da cela. É quando aparece o matador principal: Luiz Fernando Baron Versalli, o Barão, de 53 anos. Ele entra e um lençol é esticado na porta por Marcelo, para esconder o assassinato.

Três presos evangélicos rezavam ao lado, de joelhos. Nem os gritos atrapalham a oração. Um minuto e meio depois, os matadores saem. Reginaldo está morto com dezenas de estocadas.

Religiosos oram enquanto assassinato acontecia
Religiosos oram enquanto assassinato acontecia

Sujo de sangue, Barão tenta se lavar. No mesmo instante, Saponga aparece tentando atrair Nefo, a segunda vítima, para dentro da barbearia.

Foi aí que surgiu um imprevisto. Nefo, criminoso experiente e até então homem de poder na facção, percebe que os parceiros de crime estão sujos de sangue. Ele corre e a segunda e sangrenta morte acontece no pátio, na frente de todos os presos.

Nefo é cercado por Barão e Jaime, o Japonês. Ele tenta se defender, mas recebe vários golpes de faca e cai no chão.

Apesar dos graves ferimentos, ele consegue levantar e briga com os agora inimigos da facção, mas leva uma rasteira de Saponga, e cai pela última vez. Ele é chutado e esfaqueado inúmeras vezes até morrer. Segundo laudo dos peritos, Nefo tinha mais de 30 perfurações pelo corpo todo.

Segundo assassinato aconteceu no pátio do presídio
Segundo assassinato aconteceu no pátio do presídio

Os assassinos ainda voltam para conferir se o preso estava morto. Enquanto isso, a vida no presídio que reúne os bandidos mais perigosos de São Paulo continua. Como se nada tivesse acontecido, os detentos caminham ao lado, na faixa de sol. O crime termina com os assassinos se livrando dos vestígios do crime no tanque do presídio.

Minutos depois, Barão e Japonês chamam os agentes, entregam as armas e confessam os crimes. Eles disseram aos policiais que os mortos falaram demais sobre os planos de matar autoridades.

Apesar de negarem participação, os presos Taleban e Saponga também foram indiciados pela Polícia Civil. Eles estão isolados e serão mandados para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).

Membros do PCC teriam falado demais sobre o plano
Membros do PCC teriam falado demais sobre o plano
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