Polícia prende advogado acusado de usar dado falso para libertar Fuminho, do PCC
Augusto Casaro foi preso pela PF e pelo Bope em Goiânia, nesta segunda-feira (24), após 5 dias foragido
O advogado Augusto César Moraes Casaro foi preso nesta segunda-feira (24), em Goiânia, pela Polícia Federal e pela equipe do Bope, da Polícia Militar de Goiás, depois de cinco dias foragido. Ele e o empresário Sandro Moretti são acusados de falsificar a assinatura digital de uma desembargadora do Tribunal de Justiça de São Paulo, para libertar um dos líderes do PCC.
O habeas corpus entregue à Justiça autorizava a liberdade de Gilberto Aparecido dos Santos, conhecido como Fuminho, braço direito do chefe da facção paulista e responsável pelas rotas internacionais de venda de droga.
Fuminho e outros líderes do PCC usam habeas corpus falso para tentar fugir
Fuminho estava foragido desde 1999, após fugir da Casa de Detenção, no Carandiru, zona norte de São Paulo, e foi preso em abril de 2020, em Maputo, capital de Moçambique, na África. Está peso no Sistema Penal Federal desde então.
Em 2022, um suposto recurso da Fuminho, no processo em que foi condenado a mais de 26 anos de prisão, foi aceito pelos farsantes e inserido no sistema judicial. As investigações confirmaram a falsidade do documento.
A polícia e o Ministério Público apontam que Moretti abriu uma consultoria irregular de serviços advocatícios, em Presidente Prudente (SP). Casaro e outro advogado, José Pedro Cândido de Araújo, viraram "sócios".
Moretti foi preso na última segunda-feira (17). Cândido segue foragido. Os três foram denunciados pelo MP paulista por formação de quadrilha, falsificação e uso de documento falso.