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Ex-policial e advogada são condenados por obstruir investigações do assassinato de Marielle Franco

Rodrigo Ferreira e Camila Nogueira mentiram à polícia sobre planejamento do crime. Vereadora e motorista Anderson Gomes foram mortos em março de 2018

Ex-policial e advogada são condenados por obstruir investigações do assassinato de Marielle Franco
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O ex-policial militar Rodrigo Ferreira, conhecido como "Ferreirinha", e a advogada Camila Nogueira foram condenados nesta quarta-feira (29) pela Justiça do Rio de Janeiro por obstruir as investigações do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018.

A pena definida para ambos foi de quatro anos e seis meses de prisão, a princípio em regime fechado -- com possibilidade de progressão de regime durante a reclusão.

O que os condenados fizeram

Um relatório da Polícia Federal sobre a investigação dos assassinatos apontou que o ex-PM Ferreirinha mentiu ao acusar, em depoimento à polícia, o miliciano Orlando Oliveira de Araújo, o Orlando Curicica, de ter planejado o crime junto com o vereador Marcelo Siciliano.

De acordo com as investigações, Ferreirinha era segurança de Curicica, e estava com medo de ser assassinado depois de romper com a milícia chefiada por ele. Em depoimento à Polícia Federal, Ferreirinha admitiu que mentiu na ocasião.

Camila Nogueira também confessou à PF que arquitetou o plano junto com Ferreirinha. No entanto, ao serem interrogados na Justiça, os dois negaram essa versão dada aos policiais federais. Mesmo assim, o juiz entendeu que as provas dos autos eram suficientes para condená-los.

Consequências do crime

Os policiais concluíram a investigação sobre os assassinatos da parlamentar e do motorista em março de 2024, num processo que culminou em diversas prisões.

De acordo com as investigações, a morte da política foi encomendada pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão. Ambos estão presos desde março, juntamente com o delegado Rivaldo Barbosa, acusado de ajudar a planejar o crime e atrapalhar as investigações.

Esses três nomes constam na delação do ex-policial militar Ronnie Lessa, autor dos 13 disparos que mataram Marielle e Anderson . O ex-policial militar Élcio de Queiroz também foi preso, apontado como motorista do veículo clonado que perseguiu o carro da vereadora. A dupla foi presa no dia 12 de março de 2019.

Além deles, Maxwell Simões Corrêa, o "Suel", também foi preso acusado de participação no assassinato. Ele foi acusado de atrapalhar as investigações por ajudar a sumir com a arma do crime. Neste ano, Edilson Barbosa dos Santos, o "Orelha", foi detido apontado como dono de um ferro-velho que colaborou com o desmanche do carro usado no crime.

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