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Quem é quem: veja quem são os três presos suspeitos de mandar matar Marielle Franco

Assassinato a mando dos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão contaram com o acobertamento do delegado Rivaldo Barbosa, segundo a PF

Quem é quem: veja quem são os três presos suspeitos de mandar matar Marielle Franco
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Os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram presos neste domingo (24) acusados pelo assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

Os nomes dos três presos na operação constam da delação de Ronnie Lessa, executor do crime em que Marielle e Anderson perderam a vida. De acordo com Lessa, os três detidos teriam sido os mandantes do crime. A ação foi autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

As motivações para o assassinato de Marielle, segundo as investigações da Polícia Federal são diversas. Desde disputa de territórios até questões políticas, como denúncias do PSOL que chegaram à Operação Quinto do Ouro, em 2017.

Domingos Brazão

A família Brazão faz parte de um tradicional grupo político do estado do Rio de Janeiro. Ex-deputado na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).

+ Quem é Domingos Brazão, apontado como mandante da morte de Marielle Franco

Domingos tem 59 anos e acumula 26 anos de vida política sendo vereador e deputado estadual por cinco mandatos consecutivos. Sua vida pública começou pelo PL e, depois, passou pelo PTdoB, partido pelo qual disputou a prefeitura do Rio, em 2000. Em 2001 se filou no MDB, e onde ficou até 2015. Ele também é empresário do ramo de postos de combustíveis.

Atualmente, é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ). Ele ficou afastado deste cargo após ter sido preso, em 2017, na Operação Quinto do Ouro, acusado de receber propina de empresários. Essa prisão se deu no âmbito de desdobramentos da Operação Lava Jato no estado.

Chiquinho Brazão

Irmão de Domingos, Chiquinho está no seu segundo mandato consecutivo como deputado federal, tendo sido eleito pelo União Brasil em 2022. Em 2018, ele foi candidato pelo Avante. Ele também foi vereador por 12 anos, inclusive chegou a ser colega de Marielle nos dois primeiros anos de mandato, entre janeiro de 2016 e março de 2018, quando ela foi assassinada.

Citado na delação premiada de Ronnie Lessa, Chiquinho alegou que tinha uma boa relação com Marielle. Ele também a ser secretário Especial de Ação Comunitária na prefeitura do Rio de Janeiro, sob a gestão de Eduardo Paes, mas ficou poucos meses no cargo, saindo em fevereiro deste ano. Nas eleições de 2022, Chiquinho Brazão anunciou apoio à reeleição de Jair Bolsonaro.

Rivaldo Barbosa

O delegado Rivaldo Barbosa era o chefe da Polícia Civil no dia do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, em 14 de março de 2018. Ele permaneceu na função até dezembro daquele ano. Na época, o Rio de Janeiro estava sob intervenção federal decretada no governo Michel Temer. Rivaldo é apontado nas delações de Ronnie Lessa como o responsável por acobertar o caso e ainda teria garantido a Domingos Brazão de que o crime ficaria impune.

O delegado chegou a acolher a família de Marielle Franco no dia seguinte ao assassinato, e prometeu que o crime seria solucionado. Ele também se reuniu com parlamentares do PSol e fez a mesma promessa, mas o policial não teria cumprido seu papel de investigador e teria atuado como um "acobertador" do caso. Ele teria recebido dinheiro para permanecer desviando o foco das investigações.

Antes de assumir a chefia da Polícia Civil, Rivaldo atuou como subsecretário de Inteligência da Segurança durante o governo Sérgio Cabral. Na época, o secretário de Segurança era José Mariano Beltrame. O suspeito também foi o titular da Delegacia de Homicídios da Capital e diretor da Divisão de Homicídios, a principal delegacia que investigam casos de assassinato no Rio de Janeiro.

Atualmente, ele está lotado na Coordenadoria de Comunicações e Operações Policiais.

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