Delator do PCC: GCM investigará por que não havia guardas em base no momento do crime
Base-móvel da corporação estavam em frente ao local do crime; Antônio Vinicius Lopes Gritzbach foi vítima de ao menos 10 disparos de fuzil
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Guarulhos vai abrir uma investigação interna para esclarecer por que nenhum agente estava de prontidão, no momento da execução do delator do Primeiro Comando da Capital, Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, na sexta-feira (8).
Em frente ao local dos disparos, havia uma Base Móvel da GCM, que é um micro-ônibus em que guardas deveriam estar de prontidão. Segundo a corporação, a Base funciona para "garantir a segurança viária no sítio aeroportuário", porém, no mesmo horário dos disparos, os guardas atendiam outra ocorrência com a Delegacia da Polícia Civil do Aeroporto.
"Comando da GCM abrirá um processo interno de investigação para averiguar o procedimento adotado pelos agentes no momento do crime, na última sexta-feira, dia 8 de novembro, já que no mesmo horário a corporação atendia uma outra ocorrência, junto à Delegacia da Polícia Civil do Aeroporto".
Força-tarefa
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo criou, na segunda-feira (11), uma força-tarefa para investigar a morte de Antônio Vinicius Gritzbach e de um motorista de aplicativo.
O empresário, envolvido na lavagem de dinheiro de traficantes de drogas da facção criminosa, foi alvejado com ao menos 10 tiros de fuzil, em plena luz do dia. Ele desembarcou junto da namorada após uma viagem ao nordeste e estava acompanhado de segurança pessoal, que era realizada por policiais militares que fazia um "bico".
A polícia ainda investiga a motivação do assassinato de Gritzbach, se foi o PCC ou uma possível "queima de arquivo".