"É difícil aceitar, ele não volta", diz esposa do motorista de aplicativo morto na execução do delator do PCC
Celso Araújo Sampaio de Novais foi enterrado nesta segunda-feira (11), em Guarulhos; Ele foi alvo de um disparo de fuzil que seria para Antônio Gritzbach
Marcelo Bittencourt
Derick Toda
O motorista de aplicativo Celso Araújo Sampaio de Novais, de 41 anos, vítima de um dos disparos de fuzil que seria para o delator Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, foi enterrado, na manhã desta segunda-feira (11), no Cemitério Vila Rio, em Guarulhos.
Ele foi atingido durante a execução de Gritzbach, que supostamente estava jurado de morte pela facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). O ataque ocorreu no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na sexta-feira (8).
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Na cerimônia de despedida, a esposa dele, Simone Dionisia Fernandes, com quem Celso era casado há 21 anos, disse que é difícil aceitar a morte do companheiro.
"É difícil de aceitar... A pessoa trabalhando, trazendo o pão de cada dia. É difícil aceitar, ele não volta", afirmou Simone.
Simone revelou que cerca de 50 minutos antes dos disparos, os dois combinaram de jantar comida japonesa para alegrar um dos três filhos, que havia perdido um cachorro.
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"Ele tinha falado que ia comprar comida japonesa porque nosso filho do meio tinha perdido um cachorrinho, que fugiu. Ele falou que ia comprar porque ele vai ficar feliz. Ele disse isso 40, 50 minutos antes de acontecer [os tiros]", contou.
Além do motorista, que não possuía relação com o alvo dos tiros, outro homem foi atingido por engano e uma mulher ficou ferida na ação.
Vídeo para companheira
Quando Celso estava sendo socorrido e se deslocando para o Hospital Geral de Guarulhos, após os disparos, ele gravou um vídeo para tranquilizar Simone. A partir disso, o casal não se falou mais.
O motorista de aplicativo passou por cirurgia, ficou internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e morreu na noite de sábado (9).