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Polícia

Coronel investigado por atuar em minuta de golpe pede novo depoimento à PF

Ronald Ferreira de Araújo Junior ficou em silêncio durante primeira oitiva; pedido ocorre devido à relação com Mauro Cid

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A defesa do tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira de Araújo Junior enviou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF), nessa quarta-feira (13), para que o oficial conceda um novo depoimento à Polícia Federal (PF). A solicitação ocorre semanas após o militar passar pela primeira oitiva sobre um suposto golpe de Estado, na qual ficou em silêncio.

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Ronald Ferreira de Araújo Junior é investigado por suposta participação em uma organização criminosa e por atuar na elaboração de uma minuta de um plano de golpe de Estado em 2022. Em fevereiro, ele foi alvo da Operação Tempus Veritatis, que também mirou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), além de aliados do político.

Segundo a defesa do militar, a decisão de conceder um novo depoimento foi tomada devido aos "relatos relevantes" de outros investigados no caso. "Ele pode ainda que com parcial conhecimento dos elementos de investigação, responder aos questionamentos da Polícia Federal sobre os fatos em tela, em especial sobre sua relação com o Tenente-Coronel Mauro Cid e os demais investigados", disse a defesa.

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O intuito dos advogados é evitar especulações sobre a participação de Ronald no planejamento, ideia ou sugestão de um plano para abolir o estado democrático de Direito. As acusações – negadas pela defesa – ocorrem porque, na investigação, o oficial aparece como uma das pessoas mais próximas de Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Operação Tempus Veritatis

A operação Tempus Veritatis foi deflagrada pela Polícia Federal em 8 de fevereiro. Ao todo, foram 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares contra Bolsonaro e aliados. Todos são investigados por integrar uma suposta associação criminosa para uma tentativa de golpe de Estado em 2022.

Para conseguir a autorização para os mandados judiciais, a Polícia Federal apresentou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um relatório contendo textos, áudios e vídeos dos investigados que mostravam um suposto plano de golpe.

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Em 22 de fevereiro, os investigados prestaram depoimento simultaneamente na Polícia Federal. Além de Ronald e Bolsonaro, a lista contou com nomes como Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. Ex-assessores do ex-presidente também foram ouvidos.

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