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Polícia

Chefe de facção foragido há 10 anos é flagrado em apartamento de luxo em SP

Condenado por tráfico e envolvimento com PCC, "Cebola" aparece em imagens de câmeras antes de ação policial que prendeu vários integrantes da organização

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Foragido há mais de uma década, Silvio Luis Ferreira, conhecido como "Cebola", é apontado pelo Ministério Público de São Paulo como o responsável por comandar a parte logística do tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele foi condenado por tráfico de drogas, porte de armas e participação em organização criminosa.

Imagens de câmeras de segurança mostram Cebola em um apartamento de luxo na zona leste de São Paulo, em abril do ano passado. Segundo o MP, o imóvel, avaliado em quase R$ 4 milhões, pertence ao criminoso. A informação foi revelada por Vinícius Gritzbach, delator do PCC assassinado em novembro de 2023, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foi Gritzbach quem vendeu o apartamento.

"Embora Vinícius diga que o apartamento foi comprado por um advogado que inclusive é réu em uma das nossas operações, o apartamento seria de propriedade do Cebola. As imagens comprovam que ele esteve lá quatro, cinco dias antes da operação que levou à prisão de vários faccionados. Ele esteve no apartamento e ele estava em fase final de decoração", afirma o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

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O advogado citado é Ahmed Hassan Salem, conhecido como "Mude", que também aparece nas imagens com Cebola. Ele foi preso em dezembro do ano passado por lavagem de dinheiro e envolvimento com a facção criminosa.

Em 2012, Cebola chegou a ser preso com drogas na garagem da empresa de ônibus da qual era sócio, hoje chamada de UpBus, investigada por envolvimento com o PCC. Na época, ele foi levado para a Penitenciária de Segurança Máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. Dois anos depois, conseguiu um habeas corpus e desde então está foragido.

Cebola é considerado pelo Ministério Público um criminoso extremamente perigoso e está na lista de foragidos da Interpol. Segundo promotores de Justiça, atualmente ele vive na Bolívia, mas há indícios de que frequente São Paulo com regularidade.

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"É extremamente grave, quer dizer que ele consegue transitar aqui não só no Brasil, mas em São Paulo com extrema facilidade. O Cebola hoje é um dos líderes de rua em liberdade do PCC, então a prisão dele é muito importante para restabelecer a justiça e colaborar para que a segurança pública seja mantida", afirma Gakiya.

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